26 de abril de 2015

CARJACKING - MEDIDAS DE PREVENÇÃO




O carjacking é um fenómeno criminal que consiste, essencialmente, no roubo de veículos na presença ou proximidade do seu proprietário, que vê a sua integridade física ameaçada, geralmente com recurso a arma branca ou de fogo.
Este fenómeno teve origem nos Estados unidos na década de 80. Em Portugal, surgiu como fenómeno criminal em 2003.


Onde é mais frequente?

O carjacking pode acontecer em qualquer lugar, mas há locais considerados mais vulneráveis:

 - Parques de Estacionamento

 - Bombas de Gasolina

 - Acessos à Residência / Saídas de Garagens

 - Caixas de Multibanco (ATM)

 - Locais despovoados ou com pouca iluminação

 - Cruzamentos ou entroncamentos com semáforos



CONSELHOS ÚTEIS


Ao entrar no veículo

- Tenha a chave pronta para entrar no seu automóvel, sem a exibir, e olhe em volta e para dentro do veículo antes de entrar;
- Não use o comando automático para abrir as portas a uma longa distância;


Enquanto conduz

- Conduza com as portas trancadas e as janelas fechadas;
- Quando parar num semáforo atrás de outro veículo deixe espaço suficiente para se afastar rapidamente, em caso de necessidade;
- Não se apresse para chegar a um semáforo e parar. Aproveite a possibilidade de manter o veículo em movimento;
- Evite conduzir em locais desconhecidos;
- Evite conduzir de noite a horas tardias e de manhã muito cedo, quando não há trânsito;
- Se tiver de viajar durante a noite, não vá sozinho;
- Não viaje com objetos de valor à vista;
- Se tiver de parar para deixar sair ocupantes do seu veículo, não se afaste sem verificar que entraram em segurança nas suas viaturas.


Ao sair do veículo

- Verifique se não está a ser seguido;
- Não deixe as chaves na ignição, mesmo que por breves instantes;
- Escolha locais bem iluminados para estacionar;
- Evite estacionar próximo de veículos de grandes dimensões que dificultem a sua visibilidade;
- Quando parar numa garagem ou estacionamento públicos tente parquear no piso térreo, evitando, se possível o uso de elevador ou escadas;
- Se entrar numa garagem com portão automático, certifique-se que este se fecha e que não foi seguido;
- Ao regressar a casa de noite, solicite que alguém dentro de casa ilumine a entrada e o receba à porta, se possível;
- Não fique dentro do automóvel a descansar, comer, dormir, ler ou maquilhar-se;


O que fazer perante pessoas ou comportamentos estranhos

- Se um estranho se aproximar do seu carro, continue a sua marcha ou buzine para atrair a atenção;
- Não abra a porta ou a janela do automóvel a estranhos;
- Não pare para auxiliar um estranho cuja viatura se avariou. Se considerar que a situação é uma emergência, ligue 112;
- Se sentir que embateram propositadamente no seu carro não pare e dirija-se à polícia ou aos bombeiros para pedir ajuda;
- No caso de ter um furo num local inseguro, mal iluminado ou despovoado, tente dirigir-se para o local público mais próximo;
- Em situação de perigo abandone o seu carro e não ofereça qualquer resistência, principalmente se for ameaçado por uma arma. Afaste-se o mais rapidamente possível.

Para reduzir o risco de ser vítima de carjacking, as autoridades recomendam que estude a possibilidade de adquirir equipamentos e/ou serviços complementares de proteção para o seu veículo. Há atualmente no mercado várias soluções com tecnologias interoperáveis, que apresentam serviços de geolocalização e imobilização dos automóveis, sistemas de alerta e alarme quando a ignição do carro é acionada, quando a viatura é elevada (para ser rebocada, por exemplo) quando a bateria é desligada ou fica sem carga. Há ainda a opção de ligar estes sistemas a centrais ou a centros de contacto, com diversas funcionalidades.


3 de abril de 2015

Revista CINTURÃO NEGRO (Fevereiro - Março 2015)


Revista internacional de Artes Marciais, Desportos de Combate e Defesa Pessoal



 CINTURÃO NEGRO Fevereiro 2015
(Edição quinzenal)









CINTURÃO NEGRO Março 2015
(Edição quinzenal)









Revista Gratuita CINTURÃO NEGRO


(IN)SEGURANÇA NA REDE

As crianças começam a aceder a sites e conteúdos digitais cada vez mais cedo, muitas das vezes sem acompanhamento familiar. Saiba como proteger os seus filhos das ameaças da internet. 




A internet é uma ferramenta indispensável mas não isenta de perigos. Muitas são as histórias relatadas sobre a ameaça que o acesso à internet constitui para as crianças e jovens. Desfechos pouco felizes aumentam a precupação de todos, sobretudo dos pais, em relação à segurança dos mais novos neste mundo virtual de comunicação. A ingenuidade infantil e a curiosidade, característica nestas idades, tornam as crianças um alvo fácil para pessoas mal intencionadas que possam estar online. Dar a conhecer os riscos, dominar as técnicas e acompanhar a utilização são algumas das estratégias que contribuem para a convivência divertida e segura com a internet.

Perigos reais


De acordo com o relatório final de um programa piloto financiado pela Comissão Europeia, no âmbito do Plano de Ação Para a Utilização Segura da Internet, os perigos associados ao uso da internet por crianças e jovens são bem reais e podem ser agrupados em três categorias. A primeira engloba conteúdos impróprios, legais ou ilegais (pornografia, violência, ódio, racismo e outros ideais extremistas) que, para além de serem prejudiciais a um desenvolvimento harmonioso, podem ofender os padrões e valores segundo os quais pretende educar os seus filhos.


A segunda refere-se a contactos potenciais por parte de pessoas mal intencionadas, que usam o e-mail, salas de chat, instant messaging, fóruns, grupos de discussão, jogos online e telemóveis para terem acesso fácil a crianças e jovens. Por último, surgem as práticas comerciais e publicitárias não-éticas que, não distinguindo a informação da publicidade, podem enganar os mais novos, promover a recolha de informações que violam a sua privacidade e atraí-los a fazerem compras não autorizadas.

Os favoritos


Hi5, Blogger, YouTube e MSN eram os sites que, em 2011, figuravam no top dos mais visitados em Portugal. Hoje, Twitter, ASK FM e Facebook dominam. No Facebook e no Twitter, muito na linha do velhinho hi5, comunidade social fundada em 2004 por Ramu Yalamanchi, os utilizadores registados podem criar um perfil e colocar fotografias, músicas e vídeos. O site MSN, por exemplo, disponibilizava até há pouco o Messenger, um programa de mensagens instantâneas que permite que um usuário da internet se relacione com outro em tempo real, tenha uma lista de amigos e veja quando estes entram e saem da rede.

O YouTube permite a divulgação de vídeos e o Blogger, a criação de páginas pessoais na internet. Embora a maioria dos sites tenha política de privacidade (recusando informações pessoais, impedindo o acesso direto ao e-mail ou a divulgação de imagens com teor violento ou sexual), a verdade é que é algo muito difícil de controlar e fácil de manipular.

Proibir ou partilhar?


A educação requer regras e o uso da Internet não deve ser excepção. Colocar o computador numa zona comum da casa e definir os momentos em que cada um pode estar online e quais as actividades apropriadas são algumas estratégias a adoptar. Prefira uma abordagem positiva, evitando a proibição extrema, que junto dos mais jovens tende a surtir o efeito inverso. Na opinião de Tito de Morais, fundador do projecto MiudosSegurosNa.Net, a solução pode passar «por transformar a utilização da internet numa experiência partilhada a nível familiar e desenvolver, em grupo, um conjunto de regras que só devem ser quebradas por mútuo acordo. Pode até transformá-las num contrato familiar a assinar por cada membro».

Pais online


Se não está familiarizada com a internet aprenda com a ajuda aos seus filhos. Criar um endereço e-mail, procurar vídeos, músicas ou outros temas online são tarefas simples que permitem dominar as principais ferramentas e, simultaneamente, partilhar a experiência com os seus filhos, que assumem assim o papel de pequenos professores.

Peça-lhes para ver os sites que mais gostam de visitar e «procure algumas páginas que lhes podem interessar e estimule-os a fazerem o mesmo consigo», sugere Tito de Morais, enumerando ainda outras hipóteses que podem aproximá-la do seu filho neste âmbito. «Aderir aos mesmos sites, ver vídeos ou até jogar online em conjunto».

Novas tecnologias


Em resposta às preocupações com a segurança dos mais novos, surgiram softwares específicos para monitorização do computador que impedem o acesso a determinados sites, regulam a duração de uso da internet e permitem que os pais tenham acesso aos sites visitados pelo filho. Apesar de ser útil este tipo de ferramenta não deve substituir o acompanhamento parental. Isto porque não é apenas em casa que o seu filho irá usar a internet. Computadores portáteis ou até telemóveis tornam o acesso cada vez mais fácil.

«Essa é uma das realidades com a qual temos de aprender a conviver. A nível tecnológico ainda não há muitas ferramentas disponíveis, pelo que as abordagens parentais e educacionais assumem maior importância», comenta Tito de Morais. Seja qual for a sua estratégia, recorde-se que as regras devem acompanhar o crescimento dos seus filhos, para que se tornem autónomos e façam uma utilização segura e responsável da internet. Só assim estarão protegidos.



Texto: Ana Lia Pereira e Manuela Vasconcelos com Tito de Morais (fundador do projecto MiudosSegurosNa.Net)