Todos os anos, há relatos de
filhos que se perdem dos pais nos desfiles e de bebés que ficam com pesadelos
depois de ir a festas agitadas e barulhentas. Saiba quais são os comportamentos
que podem ser prejudiciais e aprenda a defender-se deles.
Os mais pequenos deliram com os
fatos e com as máscaras de Carnaval, que muitas vezes são uma verdadeira dor de
cabeça para os pais. Além do custo suplementar que representam, para as
crianças vestirem apenas uma vez ou duas, têm de lidar com a euforia dos mais
pequenos, que às vezes até querem dormir… mascarados! Está a reconhecer-se
neste filme, não está? Saiba que está, no entanto, longe de ser o único a passar
por este drama nesta animada época festiva.
As brincadeiras tradicionalmente
associadas ao espírito carnavalesco têm todavia, para muitos especialistas, o
dom de promover e fomentar a socialização e o divertimento entre crianças,
contribuindo para um estreitar de laços ainda mais efetivo durante os dias em
que decorre o Carnaval e o Entrudo. Existem, no entanto, regras a observar e
cuidados a ter para garantir que esta folia não afete a saúde dos pequenos
foliões. Os bebés exigem mesmo cuidados acrescidos.
Podem até ser mascarados para
gáudio e diversão de pais e avós, mas não devem frequentar barulhentas e
agitadas festas e paradas carnavalescas. Essa agitação pode vir a dar origem a
situações de insónia, pesadelos e até terror noturno. Como têm um sistema
imunitário mais debilitado, também ficam mais sujeitas a contaminações através
de vírus e bactérias, até porque em Portugal os festejos carnavalescos decorrem
em plenos períodos de gripes e constipações.
Os cuidados a ter com os mais
pequenos em locais muito frequentados
Se for para locais muito frequentados,
como sucede com os muitos desfiles e paradas que por esta altura se multiplicam
em vários pontos do país, coloque uma pulseira de identificação no seu filho,
com o seu nome completo e um contacto de telemóvel, para o caso dele se perder.
Em relação a máscaras, evite as que possam sufocar a criança ou que se possam
revelar muito desconfortáveis. Os disfarces que envolvam pistolas e espadas
também devem ser evitados.
Além de fazerem a apologia da
violência, podem provocar acidentes. Se recorrer a pinturas corporais, tenha em
conta que estas devem ser feitas com tintas naturais, neutras e de fácil
eliminação, evitando as regiões próximas aos olhos e à boca no momento de as
realizar. No que se refere a calçado, o ideal é calçar sapatilhas que não apertem
os pés, para que a criança possa correr e saltar com conforto. Se chover, opte
por botas ou galochas, também elas confortáveis.
O perigo dos bebés engolirem
os confetis
Se os mais pequenos, sobretudo os
bebés, brincarem com confetis, um dos perigos destas celebrações, tenha cuidado
para que não os levem à boca. Podem engasgar-se. Esse perigo não correm, à
partida, as crianças mais velhas, pré-adolescentes e adolescentes. Neste caso,
deverá alertá-los para o consumo de bebidas alcoólicas, uma vez que os ambientes
de festa e folia acabam por ser propícios a abusos e exageros que os pais nem
sempre conseguem controlar.
E agora tenha um bom Carnaval,
divertido mas em segurança.
Adaptado de Sapo Lifestyle