20 de dezembro de 2018

OS 10 ESQUEMAS MAIS POPULARES PARA BURLAR TURISTAS

São inúmeros os esquemas para burlar turistas um pouco por todo o mundo. É importante conhecer previamente alguns para evitar tornar-se numa vítima na sua próxima viagem.


Não são raros os episódios de turistas que foram burlados em viagem, de várias formas e feitios. Algo que se entende na realidade, já que é fácil ser apanhado desprevenido quando se acabou de chegar a um destino novo, com uma cultura e costumes diferentes, e quando ainda se está a habituar a um novo ambiente.

Esquemas como taxímetros supostamente avariados, pulseiras gratuitas ou bilhetes falsos para transportes são apenas alguns dos muitos que são praticados um pouco por todo o mundo. Descubra abaixo 10 dos esquemas mais populares para enganar turistas para assim evitar ser mais uma vítima dos burlões.

• Pulseiras ou Outros Objectos Gratuitos ‒ O turista é abordado por um local que lhe oferece uma pulseira ou outro objeto similar como símbolo de boa sorte. Assim que a pulseira é aceite, é-lhe exigido dinheiro. Quando o turista recusa e tenta devolver a pulseira, o local faz um escândalo em público.
Como evitar: Não aceite quaisquer ofertas de estranhos, especialmente em zonas extremamente turísticas.

• Atração Turística Fechada ‒ Um local aproxima-se de um turista e informa-o, com uma abordagem muito simpática, que a atração que ele pretende visitar está fechada. Oferece-se depois para o levar para uma outra atração onde acaba por ser pressionado a comprar alguma coisa.
Como evitar: Não acredite prontamente na informação que lhe é dada e confirme por si mesmo junto da bilheteira da atração que pretende visitar.

• Taxímetro Avariado ‒ Um esquema muito comum em vários países em que o taxista impõe um preço fixo absurdamente elevado para a viagem, justificando com o facto do taxímetro estar avariado.
Como evitar: Certifique-se de que o taxímetro está a funcionar antes de entrar no táxi ou negoceie previamente o preço da viagem.


Ligações WI-FI Falsas ‒ São criadas ligações gratuitas de Wi-Fi em locais públicos, através das quais os hackers têm acesso a todas as informações pessoais de quem as usa, como passwords e contas online.
Como evitar: Procure sempre usar as ligações de WI-Fi oficiais do local onde se encontra.

Hotel Sobrelotado ‒ O taxista informa que o hotel em questão é muito mau, que está fechado ou sobrelotado, a caminho do destino, convencendo o turista que lhe consegue arranjar outro hotel melhor. Normalmente o taxista recebe uma comissão por levar turistas para esse determinado hotel.
Como evitar: Certifique-se previamente que está tudo certo com a sua reserva e/ou pergunte ao hotel se disponibiliza transporte.

Ofertas Para Tirar Fotos de Grupo ‒ Um local muito simpático aproxima-se de um grupo de turistas oferecendo-se para lhes tirar uma foto de grupo. Entretanto desaparece na multidão levando consigo o telemóvel ou câmara do turista.
Como evitar: Se quiser que alguém lhe tire uma foto de grupo procure por si mesmo alguém que lhe inspire confiança, de preferência outro turista.


Bilhetes Falsos para Transportes ‒ Um local oferece-se para lhe vender bilhetes de transporte a preços mais baixos ou a possibilidade de não ter de esperar na fila, comprando os bilhetes através de um agente de viagens local. Muitas vezes, o bilhete vendido acaba por ser falso.
Como evitar: Compre sempre os seus bilhetes de transporte diretamente com a companhia em questão ou através de websites oficiais.

Nódoas na Roupa ‒ Um local aproxima-se de um turista e “sem querer” despeja-lhe algo na roupa, deixando uma nódoa. Desculpa-se profusamente, enquanto tenta limpar a nódoa e ao mesmo tempo rouba a carteira do turista.
Como evitar: Se isto acontecer não permita que lhe tentem limpar a nódoa, e limpe-a você mesmo.

Danos na Mota Alugada ‒ Este é um esquema bastante comum no Sudeste Asiático. O turista aluga uma mota e ao devolvê-la, o proprietário exige uma indemnização por danos causados à mota. Muitas vezes os danos são causados por amigos do proprietário.
Como evitar: Tire bastantes fotografias à mota no momento do aluguer em frente ao proprietário e faça questão de estacionar a mota em locais vigiados.


Troco Errado ‒ Um esquema frequente onde é devolvido o troco errado ao turista, especialmente em países onde as notas se assemelham muito umas às outras. 
Como evitar: Confirme sempre o troco que lhe é dado.



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7 de dezembro de 2018

Cuidado com o Monóxido de Carbono… mas porquê?

Estamos naquele período em que, infelizmente, são noticiadas perdas de vida por culpa do monóxido de carbono. Quando o frio se aproxima, são muitos os alertas para que as pessoas redobrem os cuidados para manter bem longe este gás.

É um gás tóxico sem cor nem cheiro que resulta de uma combustão incompleta seja qual for o combustível. Lareiras dentro de casa, braseiras e outros equipamentos de aquecimento podem matar, em vez de só aquecer.



Quando o tempo frio se instala, as pessoas tendem a procurar meios para aquecer o ambiente, as suas casas e locais onde permanecem. Por vezes, esses equipamentos, libertam um gás tóxico, que não se vê, pouco ou nada se sente o seu cheiro, mas que mata.
Este gás pode surgir com a utilização de equipamentos mal instalados, mal regulados ou em mau estado, mas também com a utilização de braseiras, lareiras ou salamandras a lenha, em locais mal ventilados ou com exaustão deficiente. Não devemos nem podemos facilitar, há um grande perigo de intoxicação.


1. O que é o monóxido de carbono?

O monóxido de carbono – CO – é um gás tóxico, invisível, sem cheiro ou sabor e que resulta de uma deficiente combustão, qualquer que seja o combustível utilizado: lenha, carvão, gás (butano, propano ou natural), entre outros. A sua presença no ar não é preocupante desde que em níveis baixos.

É de difícil deteção e, a partir de níveis de concentração mais elevados, os seus efeitos nocivos podem manifestar-se rapidamente, levando ao aparecimento de tonturas, náuseas, convulsões, perdas de consciência e, em situações mais graves, à morte.


2. Quais as origens do perigo?

Alguns fatores estão na origem de uma acumulação excessiva de monóxido de carbono, nomeadamente:

• Interferência do funcionamento do exaustor da cozinha na correta libertação para o exterior dos gases/fumos do esquentador, caldeira, lareira,…

• Aparelhos de aquecimento ou produção de águas quentes incorretamente montadas ou em deficiente estado de conservação;

• Insuficiente renovação de ar na habitação e ausência de ventilação adequada no local onde se encontram instalados os aparelhos;

• Condutas de exaustão ou chaminés obstruídas ou mal dimensionadas não permitirão a correta exaustão dos gases/fumos.

O monóxido de carbono pode acumular-se em espaços fechados e por isso é recomendável especial vigilância em alturas de frio intenso, quando os aparelhos são mais solicitados e a ventilação do local tende a ser menor.


3. Que fazer em caso de suspeita de intoxicação?

Se sentir náuseas, dores de cabeça, tonturas, lembre-se da possibilidade de intoxicação por monóxido de carbono e:

● Areje imediatamente o local, abrindo portas e janelas;

• Se possível, desligue todos os aparelhos de combustão (Exemplo: esquentadores, caldeiras, aquecedores móveis a gás ou petróleo, lareira…). Se estiver em funcionamento, desligue igualmente o exaustor da cozinha;

● Abandone o local;

• Se alguém estiver com sintomas de intoxicação, contacte o Centro de Informação Antivenenos 808 250 143 (24 horas por dia). Em casos graves contacte o 112, para solicitar assistência às vítimas;

● Contacte uma empresa credenciada para a resolução do problema.



4. Como evitar o monóxido de carbono?

Com vigilância e gestos simples:

• Solicite inspeções periódicas à sua instalação de gás que deverão se realizadas por uma entidade inspetora credenciada pela DGEG.

●A montagem dos aparelhos de queima deve ser sempre efetuada por uma empresa credenciada (consulte a lista de empresas instaladoras/montadoras e das entidades inspetoras credenciadas pela DGEG, em www.dgeg.pt.);

• Solicite a verificação periódica do funcionamento destes aparelhos;

● Mantenha a sua habitação arejada e nunca obstrua as entradas de ar;

• Promova a limpeza das condutas de exaustão e chaminés, uma vez por ano;

●Se o seu edifício tem instalado um sistema coletivo de extração mecânica, assegure a manutenção e a limpeza periódica da respetiva rede de ventilação e exaustão. Garanta ainda que este se encontra sempre em funcionamento. Caso este sistema tenha que ser temporariamente desligado (por avaria ou manutenção), garanta que não são utilizados os respetivos aparelhos de queima.


5. Não utilize para aquecimento:

• Braseiras, em locais não ventilados.


6. Podem ser indícios da presença de monóxido de carbono no ambiente:

● Coloração permanente amarela ou laranja na chama, em vez de azul;

• Aparecimento de manchas nas condutas de evacuação ou junto a estas, ou descoloramento de aparelhos;

● Alterações de comportamento ou mesmo morte de pequenos animais de estimação.









Fonte: pplware



6 de dezembro de 2018

Cartão de Emergência: útil e gratuito

O INEM e as Forças de Segurança desenvolveram um cartão de identificação de emergência para turistas e residentes estrangeiros em Portugal. Saiba como funciona.




Era preciso melhorar a comunicação entre cidadãos estrangeiros, autoridades e serviços de emergência. Assim nasceu o Cartão de Emergência. É útil e gratuito. Quer saber como funciona?

O que é? O Cartão de Emergência é um documento - desenvolvido pela Associação Safe Communities Portugal, em colaboração com o Instituto Nacionalde Emergência Médica (INEM), a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a GuardaNacional Republicana (GNR) -  que reúne informação útil, como os dados pessoais e de saúde, para ajudar as equipas de socorro em situações de emergência.

Para quem? − O documento destina-se a cidadãos estrangeiros, em férias ou a residir em Portugal, mas pode ser utilizado por qualquer cidadão nacional.

Como obter? − Se estiver interessado em utilizar o Cartão de Emergência, pode obtê-lo de forma imediata e gratuita. Só tem de descarregar o documento em PDF, na página de internet de uma das entidades envolvidas nesta iniciativa.

Como utilizar? − Deve preencher os dados pessoais diretamente no cartão: nome; idade; residência; autoridade policial da sua zona de residência; nacionalidade; estadia em Portugal e pessoa a contactar em caso de emergência. Do lado da informação médica, deve preencher: seguradora; doenças; alergias e medicação.

Depois da informação estar completa, só tem de imprimir e guardar o cartão na carteira que anda sempre consigo, para que seja facilmente encontrado quando for necessário. “Em caso de emergência vai falar por si”.

Um alerta − Este documento não substitui o documento de identificação, mas funciona como informação útil e adicional àquela que está no cartão do cidadão, por exemplo.


O cartão não é obrigatório, mas prevenir nunca é demais. Proteja-se.





4 de dezembro de 2018

Perdeu os seus documentos? Proteja-se e comunique ao Banco de Portugal

Se perdeu os seus documentos de identificação, além das autoridades policiais, comunique a informação ao Banco de Portugal (BdP) e proteja-se da utilização abusiva dos seus dados.


O BdP explica que no caso de perda de documentos como o cartão de cidadão, do cartão de contribuinte, do passaporte ou título de residência, é importante comunicar ao regulador, que irá informar gratuitamente o sistema bancário da situação.

Ou seja, desta forma, os bancos poderão ficar alerta para agir, “caso alguém tente em seu nome e utilizando os seus documentos, fazer uma operação financeira ilícita”.

Poderá notificar o BdP através do portal do cliente bancário, nos postos de atendimento do BdP ou por carta, devendo apresentar o auto ou a declaração emitida pela entidade policial à qual apresentou queixa.

“Lembre-se, quando recuperar ou tiver substituído os documentos perdidos volte a contactar o BdP. Nós notificaremos o sistema bancário dessa alteração”, salienta o regulador.

No entanto, este serviço não se destina a comunicar a perda de cartões bancários ou de cheques.

“Nestas situações, os respetivos titulares devem contactar, com a brevidade possível, a entidade emissora desses meios de pagamento. No caso dos cartões bancários, pode consultar a lista de contactos dos respetivos emissores na informação relacionada no final da página”, identifica.



21 de novembro de 2018

História real de uma tentativa de burla com a plataforma MB WAY


Desenvolvida para simplificar a vida dos utilizadores, a plataforma MB WAY permite a realização de compras e transferências bancárias imediatas com total comodidade e segurança, já que o utilizador pode fazê-lo através do seu telemóvel, a qualquer hora do dia e onde quer que esteja, sem que tenha de partilhar os seus dados bancários. No entanto, há quem se queira aproveitar destas novas “tecnologias” e, em Portugal, há relatos de que o MB WAY está a ser usado para roubar dinheiro. Conheça o esquema usado pelos mafiosos e saiba o que fazer pela sua segurança.



Este artigo serve essencialmente para alertar os cibernautas dos perigos que se escondem em cada esquema ardilosamente montado para apanhar os incautos.
O que descrevemos a seguir é um caso real de um esquema que está ativo em Portugal e que pretende criar dano roubando as pessoas, através da engenharia social e a pertinente inexperiência dos utilizadores neste tipo de situações.


Burla com recurso à plataforma MB WAY

José, nome fictício do nosso visitante e protagonista do sucedido, colocou um produto à venda no OLX por algumas centenas de euros. Poucas horas depois da publicação do anúncio já estava a ser alvo de uma tentativa de burla por SMS.

O diálogo começou com a troca normal de mensagens, questões sobre o produto e assuntos relacionados. Contudo, José conta que, ao contrário do habitual, o “comprador” não demonstrou pressa em receber o produto anunciado – só mais tarde se encarregaria de o mandar levantar e transportar até Sines (onde diz morar). O que realmente demonstrou foi uma “estranha” pressa em pagar! A sua grande preocupação era pagar… situação sui generis neste tipo de transações “fora da vista”.

O pretenso comprador, depois de sondar o vendedor, o José, propunha-se a pagar utilizando o sistema MB WAY. Para isso pediu ao José que lhe enviasse os (seus) códigos do cartão! José rejeitou e insistiu que o pagamento fosse feito por transferência bancária.

Após fornecer-lhe o IBAN, o burlão diz-lhe que já realizou a transferência mas que, para que a mesma se efetivasse, José teria de ir ao Multibanco, inserir o cartão, e selecionar a opção MB WAY/MB NET e introduzir os dados que se apressou a fornecer.


E que códigos eram esses? O seu nº telemóvel e um código que o próprio burlão indicou. Isto é, nem mais nem menos: usando o cartão de débito do José, queria ludibriar o mesmo a associar o telemóvel do burlão, com o código por ele escolhido!



Para não ter de esperar muito, o burlão informou que José tinha 30 minutos para ir ao Multibanco.


Armadilha armada… agora restava esperar pela presa!

Se José caísse na armadilha, o burlão teria a capacidade de tirar dinheiro da sua conta, dentro dos limites de segurança impostos pela entidade gestora (SIBS). Após desconfiar do que estava a acontecer, José tentou saber mais deste larápio… foram, segundo José, 64 mensagens trocadas e alguns dados recolhidos que serão enviados às autoridades competentes.

Fiquem atentos, partilhem a informação para aumentar o conhecimento de como (tão simplesmente) funcionam estas burlas. Obviamente que não devem fornecer qualquer tipo de dados a “estranhos”. Se já o fez, é melhor verificar os seus movimentos e informar a polícia.

Fonte: pplware








1 de novembro de 2018

COMO ESCOLHER UMA BABYSITTER?

Tempo. Para jantar fora, ir ao cinema, passear, namorar... Todos os casais precisam de tempo a sós. Contudo, quando nasce o primeiro filho (e o segundo e o terceiro...) as coisas complicam-se.

De repente, o que antes era fácil exige agora alguma preparação. Os programas precisam de ser combinados pensando onde ou com quem vão ficar as crianças.

E, se há quem possa recorrer à ajuda dos avós ou tios, há também quem não tenha com quem contar para estas escapadelas. Uma boa alternativa nesses casos é recorrer a uma babysitter, desde que se faça uma boa seleção. Não se preocupe, vamos ajudá-la nessa tarefa.



Saber escolher

O fator mais importante para a contratação de alguém que irá ficar com o seu filho é a confiança. Não se deixe impressionar, logo à partida, pelas “melhores referências do mundo”, as “recomendações dos amigos”, a conversa da babysitter.

É essencial que tenha total confiança nas suas capacidades e competências. Por isso, siga o seu instinto. Num primeiro encontro, esteja atenta e veja que tipo de relação a potencial babysitter cria com o seu filho. Baixa-se e olha-o nos olhos quando fala com ele? Não força o contacto? Que tipo de atitude tem perante a criança? Está à vontade ao pé dela?


Dados essenciais

Em termos de referências, é muito importante saber se a babysitter já tomou conta de crianças, de que idades e em que situações. Não se sinta constrangida em pedir algumas informações mais específicas, como por exemplo se sabe o que fazer em caso de engasgamento, algo muito comum em crianças mais pequenas.

Também não se envergonhe em falar sobre o trabalho que dá tomar conta de um bebé e da atenção constante que exige. Nesse primeiro encontro, combine também claramente o preço do serviço, cujo valor mínimo por hora, de acordo com as empresas que contactámos, é de seis euros.


O dia D

Uma vez feita a seleção, o ideal é que esteja em casa nos primeiros encontros entre o seu filho e a babysitter e avalie as reações dele. Tenha em conta que é provável que ele resista à ideia de ver os pais saírem de casa e ficar com uma pessoa estranha. Evite prolongar a despedida, explique-lhe que a babysitter vai ficar a tomar conta dele (a brincar, contar histórias, pô-lo na cama...) e diga-lhe a que horas pensa voltar. Não caia na tentação de prometer recompensas.

Tem direito a divertir-se e a babysitter fica com os seus contactos. Durante a saída, telefone para saber se está tudo a correr bem ou se é preciso alguma ajuda.

Se encontrar uma boa babysitter preserve-a. É melhor para as crianças haver alguma constância. Pode ser uma ajuda preciosa para a sua vida e permitir-lhe-á sair e divertir-se. Em programas de adultos (se ainda se lembrar o que isso é).


Texto: Joana Andrade





Se está a pensar requisitar o serviço de uma babysitter, siga as recomendações da American Academy of Pediatrics.


Os seus deveres:

1. Conhecer a babysitter e verificar as suas recomendações antecipadamente.

2. Ter a certeza que a babysitter tem formação em primeiros socorros e sabe realizar uma reanimação cardiorespiratória.

3. Assegurar-se de que a babysitter tem maturidade suficiente para lidar com situações de emergência comuns.

4. Passar algum tempo com a babysitter para que esta estabeleça um primeiro contacto com a criança e aprenda as rotinas familiares.

5. Mostrar a casa, identificando áreas potencialmente perigosas.

6. Instruir a babysitter para sair de casa imediatamente caso haja um incêndio e chamar os bombeiros com a ajuda de um vizinho.

7. Dar indicações sobre alimentação, banho e horas de sono da criança.

8. Informar a babysitter sobre eventuais alergias ou necessidades especiais da criança.

9. Ter mantimentos de emergência de reserva incluindo uma lanterna, um documento com procedimentos de emergência e um estojo de primeiros socorros.

10. Informar a babysitter sobre o local onde irá estar e quando voltará.


Os deveres da babysitter:

1. Estar preparada para uma emergência.

2. Telefonar sempre que precise de ajuda ou tenha dúvidas.

3. Nunca abrir a porta a estranhos.

4. Nunca deixar a criança sozinha, nem que seja apenas durante um minuto.

5. Nunca dar alimentos ou medicamentos sem que os pais tenham dado indicação para tal.

6. Ter em mente que o seu trabalho é tomar conta da criança.

7. Lembrar-se de que o afeto permite tranquilizar uma criança infeliz.


SOS

Deixe com a babysitter a seguinte lista de contactos telefónicos:

• Pais
• Vizinhos
• Médico/Pediatra
• Bombeiros
• Polícia
• Centro de Informação Anti-Venenos (808 250 143)
• Morada e telefone de casa





28 de outubro de 2018

SABE COMO FUNCIONA A SEGURANÇA NAS ESCOLAS?


Não é simples garantir a segurança de espaços públicos com tantas pessoas, especialmente crianças. É por isso que existem várias regras essenciais para salvaguardar o bem-estar dos mesmos. Quer descobrir quais são?


Como lugares públicos e frequentemente lotados, as escolas são locais onde a prevenção é essencial. Assim, a APSEI (Associação Portuguesa de Segurança) dá-lhe a conhecer alguns conselhos básicos para garantir que a segurança do seu filho, e de todos os alunos, é salvaguardada.


A SEGURANÇA NAS ESCOLAS CONCENTRA-SE EM 6 PRINCIPAIS ÁREAS


Na sala de aula ‒ A entrada da sala de aula deve estar sempre limpa e desobstruída. Os aquecedores devem ser utilizados com todo o cuidado e de preferência pelos docentes, nunca pelos alunos. As instalações elétricas devem ser verificadas com regularidade e a sua manutenção deve ser feita por um técnico especializado. O lixo deve ser despejado todos os dias.
A planta de segurança presente na sala de aula deve indicar o caminho definido pelo plano de evacuação para o ponto de encontro.

Nos corredores ‒ As saídas de emergência devem estar corretamente identificadas e desobstruídas para que todos saibam por onde ir em caso de emergência. As portas dos corredores não devem ficar abertas e o material de segurança contra incêndio deve ser testado regularmente.

No ginásio ‒ As saídas de emergência devem estar sempre desobstruídas e as suas luzes devem ser inspecionadas regularmente

Nos laboratórios ‒ Os laboratórios podem ser dos locais mais perigosos de todas as escolas. A utilização de líquidos inflamáveis exige muito cuidado e, depois de se acabarem os produtos, as respetivas embalagens devem ser deitadas nos caixotes do lixo adequados. É de evitar guardar substâncias incompatíveis no mesmo sítio porque pode causar uma reação química, podendo resultar num fogo ou numa explosão.
O estado das substâncias químicas deve ser avaliado anualmente, sendo que quando estas mostram um avançado estado de decomposição devem ser colocadas no lixo, que deve ser despejado regularmente.
As instalações elétricas no laboratório exigem especial cuidado, devendo ser verificadas frequentemente.

Na cozinha ‒ A cozinha e o seu equipamento devem ser limpos frequentemente e o lixo despejado todos os dias, evitando que se acumule. O filtro dos exaustores deve ser limpo e substituído regularmente e é obrigatório que a cozinha esteja equipada com material de segurança contra incêndio.

Nos escritórios e arrecadações ‒ Os fios do sistema elétrico não devem ficar próximos de portas, janelas ou debaixo de carpetes. A arrecadação deve ser um espaço regularmente limpo e arrumado e a utilização de produtos de limpeza deve ser cuidadosa.

Além dos cuidados acima descritos, os simulacros de incêndio e exercícios são de realização obrigatória no início do ano escolar e devem ser sempre levados a sério e realizados com frequência prevista na lei para garantir que alunos, professores e funcionários estão preparados para lidar com situações de emergência.



Bullying: quando o seu filho é o agressor


Malcomportadas e desafiadoras praticam bullying. Crianças e adolescentes reservados e educados, com boas notas e integrados, podem ser agressores. Os sinais são discretos, mas um olhar atento pode detetá-los. E aceitar e levar o problema a sério é essencial para o resolver.


Normalmente, começa com um telefonema, da professora ou diretora de turma, que pede para os pais irem a uma reunião na escola. E na reunião chega a notícia que nenhum pai ou mãe gostaria de ouvir e na qual, frequentemente, não acredita: estão ali porque a criança anda a praticar bullying, que é como quem diz, a ser violenta física ou psicologicamente, de forma intencional e repetida, a um ou mais colegas. Pode ser a bater, a ofender, a gozar, a ostracizar.

Os pais têm mais facilidade em aceitar que um filho é vítima do que agressor. Luís Fernandes, psicólogo educacional da Sementes de Vida – Associação de Apoio à Vítima e coautor do livro Cyberbullying, Um Guia para Pais e Educadores, percebe a incredulidade de muitos pais. “Há casos em que, quando conhecemos os pais, percebemos perfeitamente de onde vem o comportamento agressivo dos filhos: os traços de violência estão nos pais e os miúdos absorveramnos. Mas nem sempre é assim. Há casos em que nitidamente a educação que foi dada àquele miúdo não o devia predispor a ter esse tipo de comportamento.”

E, nesses casos, os pais recusamse muitas vezes a acreditar que o filho que é bom aluno, bemcomportado no ambiente de casa, que foi educado com princípios e ao qual dedicam tanto tempo e afeto – possa fazer isso. “Ele nunca faria isso”, dizem quase sempre. Só que faz. E a resposta está num comportamento que, não sendo exclusivo dos adolescentes, fazse sentir muito nestas idades: o síndroma da matilha.



Na adolescência, as relações com os amigos têm um peso muito grande, e, independentemente da educação em casa e da relação com os pais, nesta fase, é muito importante para eles sentiremse integrados num grupo. Se o líder do grupo que querem integrar os desafia a incomodar outros mais fracos, muitas vezes eles alinham”, explica o psicólogo.

Tiago Andrade, estudante no ensino superior, hoje com 21 anos, não teme admitir que entre os 10 e os 13 anos tinha este tipo de comportamento. E, ao contrário de muita gente que olhando para trás terá tendência a chamarlhes coisas sem importância de miúdos”, não teme chamar as coisas pelos nomes: “Praticava bullying com alguns colegas de turma, sim. Nunca houve agressões físicas, mas havia agressões psicológicas a colegas que não faziam parte do grupo e eram mais frágeis ou estavam em situação de vulnerabilidade.”

Hoje, olhando para trás, não consegue perceber o que o levava a ter esse comportamento que, de resto, se lembra que encarava como normal. “Acho que sentia que era superior a eles, mas agora que penso nisso, estava só a ser inferior, porque precisava de os atacar para me sentir assim.” À distância, olha para as suas próprias atitudes com desdém e arrependese. Não ganhei nada com o que fiz e sei que causei muito sofrimento a algumas pessoas.

Gostava de mudar isso e ter dado um melhor exemplo às pessoas à minha volta, que eram obviamente influenciadas para também fazer bullying.” Como os ataques não envolviam violência física e Tiago era uma criança bemcomportada tudo isto passou na altura sem ser detetado por ninguém. Parei de ter este tipo de comportamento pelos 13 anos sem que pais, professores e funcionários tenham dado conta de alguma coisa.”

Há muitos sintomas, amplamente divulgados, de que uma criança pode estar a ser vítima de bullying – tristeza, isolamento, descida de notas, falta de vontade de ir para a escola. Já os sinais de que pode ser um agressor são menos evidentes. Ainda assim, Inês Freire de Andrade, vicepresidente e formadora da Associação NoBully Portugal, que leva a cabo programas de sensibilização e prevenção nas escolas, conta que há sinais aos quais os pais podem estar atentos, uma vez que são indicativos de uma probabilidade maior de os filhos estarem a ter este tipo de comportamentos.

A agressividade generalizada, seja física, verbal ou relacional, com outros jovens ou com os adultos, da mesma forma que identificar esta tendência no círculo de amigos dos filhos também pode ser preditivo desse comportamento. “Existe também a tendência dos bullies não seguirem as regras formais ou sociais. Se os pais perceberem que o filho tem dinheiro ou pertences novos que não conseguem explicar de onde vêm, têm de considerar que podem têlos roubado a colegas, que também é uma forma de bullying, explica a responsável.

Estes são os sinais mais evidentes, mas há outros mais subtis. Como o bullying é um fenómeno social que surge de um desequilíbrio de “poder” – seja ele por diferenças físicas, de capacidade intelectual ou popularidade, “se os jovens mostrarem uma preocupação fora do normal acerca da sua reputação, estatuto social ou popularidade, poderão também estar a praticar bullying de forma a obter tudo isto”. Por fim, como o bullying envolve sempre a ausência de empatia pelas vítimas, a falta de empatia generalizada para com os outros pode ser sintomática de que a criança está ou pode vir a estar envolvida nesta prática.

É fácil apontar o dedo aos bullies e criticálos pelo comportamento errado que têm. Menos fácil, mas necessário, é desafiar preconceitos simplistas e uma visão a preto e branco do fenómeno. Uma das conclusões a que muitos estudos e observações empíricas já chegaram é que, frequentemente, vítima e agressor são a mesma pessoa, com o conceito de vítimaagressora a ser cada vez mais usado neste campo de estudo. A vítima agressora é alguém que, como forma de compensação pelos maustratos que sofre, procura outra vítima mais frágil para cometer também ela agressões.

“Há muitos miúdos vítimas de bullying que se tornam agressores no âmbito do cyberbullying. Não têm competências interpessoais para confortar presencialmente o agressor, mas conseguem facilmente transformase em ciberagressores porque são inteligentes, têm competências a nível tecnológico e podem esconderse atrás de um ecrã”, explica Luís Fernandes.



E o cyberbullying é uma terra de ninguém. Porque se no contexto de bullying há adultos, seja na escola, em casa ou na rua, que supervisionam, de forma formal ou informal, e que podem detetar a situação, intervir e dar o alerta, no caso do cyberbullying não. Não há ninguém que supervisione o que está a acontecer online em tempo real, até porque, como alerta o psicólogo Luís Fernandes, “miúdos são nativos digitais e os pais emigrantes digitais”. Ou seja, os mais pequenos têm frequentemente mais competências tecnológicas do que os pais.

Se os bullies são tendencialmente crianças com baixa ou alta autoestima não se sabe bem: os estudos não são consensuais. Alguns apontam para o facto de a agressão ser um reflexo de insegurança e de autoestima baixa, outros apontam para miúdos que se acham a última cocacola no deserto e tão acima dos outros que têm o direito de fazer o que lhes apetece.

Mas seja qual for a autoperceção, a motivação passa quase sempre pela autoafirmação. Por isso, Tiago Andrade não quer terminar a conversa sem deixar um conselho aos jovens bullies: “A necessidade de fazer bullying passa por querer um estatuto de superioridade dentro do grupo, mas esse estatuto é conseguido pelo medo e não pelo mérito. Há outras maneiras, positivas, de liderar grupos. Por exemplo, ajudando os outros, em vez de os prejudicar.”


BULLIES MUITO À FRENTE

Quer no bulliyng quer no cyberbullying, há esquemas cada vez mais elaborados. Muitos miúdos arranjam quem “suje as mãos por eles”: o cabecilha do esquema de bullying é autor moral, mas não executa.



Luís Fernandes, psicólogo educacional da Sementes de Vida – Associação de Apoio à Vítima e coautor do livro Cyberbullying, Um Guia para Pais e Educadores, confessa que só os anos de experiência que já leva a lidar com agressores lhe permite entrar na cabeça deles. “Os esquemas são cada vez mais refinados, temos de conseguir pensar como eles, caso contrário, andamos sempre a correr atrás do prejuízo: quando estamos habilitados a lidar com as coisas de uma forma, já eles estão muito mais à frente nas estratégias.”

E deixa um caso: “Tive um miúdo que instigava outros a molestarem física e psicologicamente a vítima e ficava apenas a ver. Fazia mais: quando via que um auxiliar na escola detetava a situação, saía do papel de observador e ia acalmar os ânimos. Nos relatórios ficava mencionado como o miúdo que fora essencial na resolução do conflito, quando, na realidade, tinha sido ele a instigalo. Quando o psicólogo lhe perguntou como escolhia os miúdos que agredia respondeu: Conhece o quadro de honra? Parece a ementa.”


Texto de Sofia Teixeira