23 de junho de 2020

Crime violento: números aumentaram em 2019


Roubos, raptos, sequestros, violações, agressões graves e carjackings invertem descida que vinha desde 2010.



Foram 14398 crimes violentos - 40 a cada dia - comunicados às polícias, com pelo menos uma vítima em cada queixa, o ano passado, em Portugal, o que fez essa categoria aumentar 3% em relação a 2018: a primeira vez que tal acontece desde 2010. Mais roubos na via pública, em comércios, mais raptos e sequestros, mais violações, mais agressões graves e mais carjackings (roubos de carros). O crime em geral também subiu. O ano passado as polícias registaram mais de 335 mil crimes, mais 0,7% (2400) em comparação a 2018.

De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna de 2019, os roubos na via pública foram os crimes violentos que mais subiram em 2019. Foram quase seis mil casos (mais 627, +11,8%). Os roubos em comércio subiram para 432 (mais 29,8%). E os carjacking foram 126 (mais 20 casos, +18,9%). Os roubos em escolas também subiram: foram 32 (+23,1%). Os roubos, nas diferentes formas, somados atingem os 75,9% do total de crimes graves e violentos. Desciam desde 2009.

As agressões graves foram 661 (mais 82 casos, +14,2%) e o ano passado houve 338 raptos e sequestros (mais 65, +23,8%). As violações foram 431 (+2,4%) - é o terceiro ano consecutivo de subida dos números deste crime em particular. Os crimes de homicídio voluntário consumado desceram em 2019 para 89 (menos 21, -19,1%), ainda assim um valor mais elevado que 2016 (76) e 2017 (82).

O relatório destaca ainda o aumento da delinquência juvenil (cometida por jovens entre os 12 e os 16 anos). Há 1568 registos (mais 86, +5,8%), invertendo o decréscimo de anos anteriores. Associada a esta, a criminalidade de grupo registou 5215 casos (mais 715, +15,9%), também contrariando a curva de descida que apresentava.

A violência doméstica subiu 11,4%. Foram registados 29 498 crimes na categoria (mais 3015, +11,4%). A moeda falsa também disparou em 2019: 13 705 apreensões (+45%), num total de 1 milhão de euros (+68%).


Burla informática sobe − O relatório destaca as 16310 burlas informáticas denunciadas em 2019 (mais 6527, +66,7%). Houve 10 990 "outras burlas" (-4,7%).


Agressões simples − As agressões simples também aumentaram. O ano passado foram registadas 23 279 (mais 455, +2%). Ameaça e coação também: 15136 (+5,1%).


Distritos a subir − Castelo Branco (+20,7%), Portalegre (+10,5%), Faro (+8,3%) e Aveiro (+5,9%) são os distritos a liderar a subida do crime geral.


800 polícias a menos − PSP, GNR, PJ, SEF e Polícia Marítima terminaram 2019 com 44 642 elementos (45 522 em 2018). Saíram 1284 polícias e apenas entraram 411.





Pandemia fez descer crimes em 2020

Neste ano, devido à pandemia provocada pela covid-19, a criminalidade pode ter uma diminuição substancial. Dados policiais relativos ao primeiro mês do estado de emergência mostram que a PSP registou 7852 crimes entre 13 de março e 17 de abril, menos 50% do que em igual período de 2019, quando ocorreram 17 458.

Os dados indicam também que as detenções feitas pela Polícia de Segurança Pública baixaram 60,4% no mesmo período, passando das 2780 em 2019 para as 1104 este ano.

O relatório, assinado pelo ministro da Administração Interna, refere que os crimes que mais desceram durante aquele período, segundo a PSP, foram o furto por carteirista (-91,9%), condução por excesso de álcool (-82,9%), ofensas à integridade física voluntária simples (-67,2%), furto em veículo motorizado (-58%) e furto de oportunidade (-82,5%).

Por outro lado, os crimes que mais subiram na área da PSP, que atua nos centros urbanos, foram a desobediência (94,3%), a burla com fraude bancária (67,6%), outros roubos (114,3%) e resistência e coação sobre funcionário (12,8%).


Portugal − um dos países mais seguros do mundo

Apesar do aumento da criminalidade em 2019, Portugal continua a ser um dos países mais seguros do mundo.

A criminalidade geral em Portugal aumentou 0.7% e os crimes violentos 3%. No entanto, continua a estar no top três dos países mais seguros do mundo, segundo o Relatório Anual da Segurança Interna.

O ministro da Administração Interna sublinhou recentemente que o relatório de segurança interna de 2019 demonstra que Portugal é “um dos países mais seguros do mundo”, e que “o aumento residual” da criminalidade geral se deve fundamentalmente ao crescimento da violência doméstica, que está relacionado com a proatividade policial, e burla informática.



19 de junho de 2020

MB Way – Como se proteger de fraudes e esquemas.

Há cada vez mais relatos de pessoas burladas relacionado com a utilização do pagamento via MB Way. A situação é ainda mais preocupante quando as vítimas utilizam a app de pagamentos e não sabem bem como utilizá-la, deixando-se enganar pelos burlões, quando pensam que estão a ser ajudadas. 


Os burlões sempre procuram comprar tudo o que esteja disponível, com o intuito de tentar aceder às contas de MB Way das vítimas, os próprios vendedores. O esquema é quase sempre o mesmo: os burlões fingem que querem comprar os bens à venda, contactam os respetivos vendedores, levando-os a associar o número de telemóvel que lhes forneciam à sua própria conta de MB Way. É uma abertura de porta ao acesso das suas contas bancárias.


Como se proteger das burlas do MB Way?

Infelizmente há cada vez mais crimes de burla associados ao MB Way e deverá ter sempre atenção às abordagens que um potencial comprador lhe faz quando disponibiliza algo para venda. Os burlões costumam estar mais atentos a plataformas como o OLX e o Custo Justo, por isso, quando coloca algo à venda e recebe o contacto de um potencial interessado, desconfie sempre quando este lhe fala do MB Way numa primeira abordagem.

E se lhe responder que não utiliza este sistema de pagamento, provavelmente vai tentar ser convencido que esta é a melhor maneira para receber o pagamento daquilo que está a vender. Neste caso, e se não tem mesmo muito conhecimento de como funciona o MB Way, não aceite as explicações de um desconhecido, provavelmente estará a entrar no início do esquema.
  
O esquema passa pelo suposto comprador sugerir ao vendedor que se dirija a uma caixa Multibanco, dando instruções diretamente na chamada de telemóvel. O burlão vai indicar o seu próprio número de telefone, supostamente para introduzir na sua conta, associando-o. Não o faça! Pois se lhe passar de seguida o código que recebeu no seu telemóvel, vai dar ao burlão total acesso à sua conta bancária.

A SIBS está ao corrente destas ocorrências, mas o trabalho tem de ser feito na prevenção, para evitar os casos. E nesse sentido deixa algumas instruções para não ser burlado:

●  Nunca seguir instruções de desconhecidos para fazer ou receber pagamentos através do MB Way, e como referimos anteriormente, sobretudo se desconhece o funcionamento da aplicação.

● Deverá contactar de imediato o seu banco ou as autoridades caso seja contactado para aderir à app da MB Way, tanto no Multibanco como Homebanking. Apenas deve usar o seu número de telemóvel, NUNCA o de um estranho. Se o contacto insistir, interrompa a chamada.

● Qualquer número de telemóvel que utilize na adesão do MB Way fica associado à sua conta bancária e ao seu cartão. Por isso, deve sempre utilizar o seu número pessoal e não de outra pessoa.

● Leia bem as mensagens que surgem no ecrã do Multibanco quando está a fazer o registo do MB Way. Estas revelam dicas e informações que deve levar em conta. 

Observe as imagens em baixo.






Dicas fundamentais do MB WAY para manteres sempre a tua compra segura e evitares burlas:

 Não forneças os teus dados MB WAY (como o código PIN);

 Não associes à tua conta bancária um número de telemóvel que não seja o teu;

 Verifica o estrato da tua conta bancária com regularidade;

 Não partilhes o teu código MB WAY


18 de junho de 2020

● Williams Belle − Parkour & Artes Marciais


Williams Belle faz parte do famoso grupo Yamakasi, conhecido graças ao filme “Yamakasi - Les samouraïs destemps modernes (2001)”.

Williams é cofundador do parkour, um método de treino que permite aos seus praticantes superarem de forma rápida e segura qualquer obstáculo utilizando unicamente a destreza e habilidades do seu próprio corpo.

Sendo a fuga um dos principais objetivo da defesa pessoal, Williams Belle explica a relação entre o parkour e as artes marciais.







14 de junho de 2020

● Breve História do MMA


MMA significa “Mixed Martial Arts”, isto é, Artes Marciais Mistas, uma inteligente fusão de desportos de combate com origem nas mais variadas partes do mundo. Judo japonês, luta greco-romana, boxe inglês, Jiu-Jitsu brasileiro e boxe tailandês, a lista de desportos é bastante longa. Para compreendermos a história do MMA, temos imperativamente de fazer uma viagem ao passado…











Leitura sugerida:Opinião: As origens do MMA



Precisa de apoio judiciário mas não tem recursos financeiros? Eis o que precisa de saber


Embora não seja um direito atribuído a todas as pessoas, o apoio judiciário pode ser fundamental para quem não tem como pagar um processo em tribunal no qual pode sair lesado. Os processos judiciais não são baratos. E quando se junta os honorários de um advogado, pode mesmo tornar-se uma despesa insuportável para a sua carteira. A pensar nesta situação, o Estado garante, a quem consegue provar que não tem recursos financeiros, a possibilidade de ter todo o apoio que precisa num tribunal.




O que é o apoio judiciário?

A proteção jurídica é atribuída pelo Estado português através da Segurança Social. Este é um direito concedido às pessoas (individuais) e às entidades sem fins lucrativos que não conseguem suportar as despesas resultantes de processos judiciais ou extrajudiciais.

A proteção jurídica inclui dois serviços distintos para as pessoas individuais:

● Apoio judiciário: de uma forma sucinta, ao ter direito ao apoio judiciário será nomeado um advogado ou defensor oficioso para acompanhar o seu processo. Com este apoio poderá ficar isento dos custos associados ao pagamento dos honorários e às custas judiciais. Caso não lhe seja concedida a isenção poderá pagar em prestações as custas judiciais, e será atribuído um agente de execução.

● Consulta Jurídica: As pessoas individuais, quando lhes é concedida a proteção jurídica, têm direito a uma consulta com um advogado. Nesta consulta podem esclarecer dúvidas técnicas sobre os seus direitos, mas também em relação ao caso concreto que as fez pedir este requerimento.

Nota: O apoio judiciário pode ser atribuído também a entidades sem fins lucrativos, mas a consulta jurídica é apenas concedida a pessoas individuais.



Todas as pessoas individuais que não tenham recursos financeiros têm direito ao apoio judiciário?


Para apurar a insuficiência económica serão feitos cálculos tendo em conta os rendimentos do agregado familiar, o valor do seu património, e as despesas permanentes do agregado.

Se conseguirem comprovar a insuficiência económica, estão habilitadas à proteção jurídica:

● Cidadãos portugueses;

● Cidadãos da União Europeia;

● Pessoas com litígios transfronteiriços, ou seja, que tenham domicílio ou residência habitual num Estado membro, mas que o processo vá decorrer noutro estado membro;

● Apátridas e estrangeiros que tenham um título de residência válido num Estado membro da UE, mas esse país terá que conceder o mesmo direito a um cidadão português;

●  Pessoas coletivas sem fins lucrativos (apenas têm direito a apoio judiciário);

●  E, segundo o Guia Prático da Proteção Jurídica da Segurança Social, existe a possibilidade de as pessoas coletivas com fins lucrativos terem direito ao apoio judiciário. Esta alteração deve-se à intervenção do Tribunal Constitucional.


É possível simular o direito a proteção jurídica antes de fazer o requerimento?

Sim, é. No site da Segurança Social existe um simulador que permite verificar se os seus rendimentos e património permitem ter acesso à proteção jurídica.

Para ter um resultado mais preciso deverá preencher todos os campos disponíveis com os valores corretos em relação aos seus rendimentos e valores do seu património. Caso sinta dificuldades em perceber a sua simulação deve pedir ajudar à linha de apoio da Segurança Social.


É obrigatório fazer o pedido presencialmente num balcão da Segurança Social?

Não. O requerimento pode ser feito presencialmente, mas também pode fazê-lo por via eletrónica, por carta registada com aviso de receção ou por fax para qualquer serviço de atendimento ao público do Instituto da Segurança Social, I.P.

É sempre aconselhável remeter toda a informação para a repartição da Segurança Social a que pertence. Nunca se esqueça de enviar o formulário juntamente com todos os comprovativos e documentos obrigatórios.

Caso opte por fazer o requerimento presencialmente deve apresentar uma cópia do mesmo. Nestes casos o serviço de atendimento deve carimbar e datar o requerimento para comprovar a entrada do mesmo neste serviço.


Quanto tempo demora a resposta ao pedido de proteção jurídica?

O pedido é, por norma, decidido pelos diretores dos centros distritais da área da residência ou por pessoas delegadas para tal competência. Após a receção do pedido, a Segurança Social tem um prazo de 30 dias consecutivos para comunicar a decisão.

A partir da receção da notificação tem 10 dias úteis para responder. Se optar por não responder, a recusa do pedido de proteção jurídica torna-se definitiva.



Quando o apoio judiciário é concedido existe sempre a isenção de qualquer tipo de pagamento?

Não. É importante saber que existem várias modalidades de atribuição do apoio judiciário: uma tanto pode dar a dispensa total da taxa de justiça e outros encargos com o processo, mas existem outras possibilidades sem que seja atribuída a isenção. Nestes casos terá que pagar em prestações o valor definido pelo Ministério da Justiça.


É possível perder a proteção jurídica atribuída?

Sim. A proteção jurídica não deve ser vista como algo inalterável. Este direito e respetivo apoio é atribuído para garantir que se possa defender legalmente quando não tem recursos financeiros. No entanto se a sua situação económica melhorar e puder suportar a despesa deve comunicá-lo à Segurança Social, perdendo o direito a esta proteção.

Pode ainda perder a proteção jurídica:

● Se existirem provas de que esta foi concedida por razões inválidas;

● Quando o apoio judiciário foi atribuído através da modalidade do pagamento em prestações e não pague uma prestação, a multa atribuída e o valor em falta no prazo indicado;

● No caso de os documentos enviados serem declarados falsos por decisão do Tribunal;

● Se mentir, se atrasar propositadamente o processo, se tentar obstruir a justiça ou qualquer outra ação de má fé;

●Caso receba de uma ação judicial uma pensão de alimentos provisória para pagar essa mesma ação judicial.

Por fim, esta proteção caduca com a morte da pessoa singular, se não tiver comparecido à sua consulta jurídica ou caso não tenha dado início à ação em tribunal por sua responsabilidade.







11 de junho de 2020

Portugal é considerado o país mais seguro da União Europeia



Portugal é considerado o país mais seguro da União Europeia e o terceiro mais seguro do mundo.

Portugal mantém o terceiro lugar no Global Peace Index (Índice Global de Paz), segundo o relatório do Institute for Economics & Peace, divulgado na passada quarta-feira. O nosso país fica apenas atrás Islândia(1.º) e da Nova Zelândia (2.º), conseguindo, assim, a melhor classificação entre os países da União Europeia.

Na 14ª edição do índice, que classifica 163 estados e territórios independentes, conclui-se que o nível global de paz se deteriorou, num mundo já que já se começam a sentir as ondas de tensão e incerteza provocadas pela pandemia de Covid-19.

Em 2014, Portugal ocupava a 18.ª posição, e acabou por alcançar o pódio em 2019, lugar que mantém na edição deste ano.

Na cauda da tabela continuam o Afeganistão e a Síria, que mantêm as mesmas posições do ano anterior.

Destaque ainda para a posição dos Estados Unidos da América, que, na 121.ª posição, têm um nível de paz médio, estando mesmo atrás de países como Angola.