14 de maio de 2016

BULLYING NO EMPREGO, UMA HORRÍVEL TENDÊNCIA EM CRESCIMENTO

Se sempre manteve boas relações com os seus colegas, mas agora apercebe-se de comentários ou críticas que procuram denegrir e ridicularizar a sua competência, ou toma consciência de mexericos e insinuações que se propagam nas suas costas, então poderá estar a ser vítima de bullying no emprego.



O bullying no emprego, também conhecido por mobbing ou assédio moral, é um fenómeno social em que colegas de trabalho desencadeiam uma campanha de terror psicológico tendo geralmente como alvo alguém que é "diferente" das normas da organização.

Mas, será que hoje este problema ainda afecta uma franja significativa da população? De fato, fui alertada para este fenómeno porque constatei que chegavam ao meu consultório, cada vez com maior frequência, pacientes com problemas psicológicos motivados por bullying no trabalho. Evidenciavam dificuldades psicológicas e transtornos psicossociais muito sérios, tais como depressão, ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo e stress ocupacional.

Este aumento crescente de pacientes com este tipo de problemas levou-me a pesquisar por informação recente sobre este fenómeno. Os últimos dados estatísticos disponíveis vieram confirmar aquilo que já tinha observado na minha prática diária de psicologia clínica: existir uma tendência horrível de crescimento de Bullying no trabalho.


Testemunho de uma paciente

Quando falamos de uma situação de bullying no emprego, referimo-nos a um processo que começa por pequenos gestos que, quando repetidos e acumulados, acabam por funcionar como uma espécie de terrorismo psicológico. Colocar alguém à parte a desempenhar tarefas mínimas ou numa sala sem nada para fazer é geralmente a gota de água desse processo. Estas atitudes tornam-se mais evidentes quando passam a ser directas, tais como insultos verbais, gestos inapropriados ou agressões físicas.

Apresento-lhe a seguir o relato de uma paciente que foi vítima de bullying no emprego. Muito provavelmente, poderá identificar aqui alguns traços comuns com alguma história que já conhece de um colega ou amigo que também já foi vítima do mesmo problema.

"Tudo começou quando decidi fazer uma pós-graduação. Era o passo certo para adquirir uma especialização e progredir na carreira. Sempre mantive relações cordiais com os colegas. Só que comecei a aperceber-me da cumplicidade existente entre um pequeno grupo dentro da equipa que começou a criar um clima de desconfiança e insegurança. Era como se o meu intuito de progredir na carreira os atacasse, o que gerou nesse grupo um sentimento de insegurança. O meu próprio chefe começou a atribuir-me piores condições de trabalho e reduziu o meu horário de trabalho. Inclusive tentou despedir-me."


Os transtornos psicossociais e dificuldades psicológicas motivadas pelo Bullying no emprego

A vítima de bullying no emprego sente-se insegura e esta situação retira-lhe a dignidade e identidade, bem como provoca danos na sua saúde física e mental. A diminuição da realização pessoal e profissional culmina com a disposição do trabalhador em exercer uma auto-avaliação negativa relativamente ao seu trabalho, sentindo-se infeliz consigo mesmo e insatisfeito quanto ao seu desenvolvimento profissional. Esta situação de enorme pressão psicológica incapacita-o para enfrentar as exigências do seu trabalho, gerando assim desconforto, mal-estar e sofrimento, bem como acaba por desenvolver alterações físicas e emocionais.

Os efeitos psicológicos identificados como ligados ao bullying no emprego incluem perda de objectivo, sensação de inutilidade, apatia, passividade, vergonha, resignação, desespero, depressão e auto-estima negativa. Incluem-se ainda reacções como a agressividade, irritação excessiva, cansaço constante, neurastenia, fadiga excessiva, dores musculares, alterações cardíacas, aumento da pressão arterial e dores de cabeça.

Agora que sabe o que é o bullying no emprego e quais são os efeitos que pode provocar na sua saúde mental e bem-estar, e se pensa que está a ser vítima deste problema, procure ajuda. Um psicólogo clínico poderá ajudá-lo a enfrentar a situação. Pense que o seu estado emocional actual é temporário e que a recuperação é possível, independentemente de todas as perdas já sentidas. Através de um processo de psicoterapia poderá recuperar novamente a sua identidade e dignidade, e irá ajudá-lo a promover os seus recursos emocionais e cognitivos.


Psicóloga e Psicoterapeuta


Procure aumentar a sua auto-estima, fazer uma formação em técnicas de autodefesa ajuda-o a descobrir novas potencialidades e o poder que tem dentro de si.





1 de maio de 2016

Revista CINTURÃO NEGRO (Maio - Abril, 2016)

Revista internacional de Artes Marciais, Desportos de Combate e Defesa Pessoal


CINTURÃO NEGRO - Edição Quinzenal 

 Clique na imagem para  ler online ou fazer download

Maio 2016

Parte 1 - Nº311

Parte 2 - Nº312


Abril 2016

 Parte 1 - Nº309

Parte 2 - Nº310


Revista Gratuita Online CINTURÃO NEGRO (Quinzenal)