27 de fevereiro de 2016

BULLYING: PRIMEIROS SINAIS QUE PROVAM QUE O SEU FILHO É VÍTIMA





Os problemas de relacionamento que as crianças têm na escola – sejam físicos ou psicológicos, sejam verbais ou sexuais – constituem, muitas vezes e por muito tempo, verdadeiros mistérios para os pais. Sobretudo porque é natural que os filhos não queiram falar deles. Há, porém, um conjunto de sintomas ou sinais que permitem ajudar a levantar o véu sobre este drama e atuar em conformidade, caso haja suspeita.

As alterações de comportamento dos filhos, pouco comuns naquilo que é a personalidade deles, devem suscitar logo um alerta. Se as perturbações se mantiverem ao longo do dia, então é sinal de que é mesmo preciso sentar e conversar para perceber o que está a mudar. Só assim, na verdade, se despistam alterações que chegam com a adolescência. Porém, uma vez descartadas aquelas modificações, é tempo de prestar a devida atenção ao seguinte:

● Decréscimo brusca do rendimento escolar
● Alterações de humor frequentes: com especial incidência para a tristeza
● Facilidade em ficar ansioso sempre que se aborda o tema da escola
● Ataques de impaciência sem uma explicação aparente
● Irregularidades do sono e do apetite
● Dificuldade em prestar atenção
● Isolamento social (evitar estar com os amigos, pouco interesse por eles)
● Evidência de timidez e insegurança


Numa primeira fase e uma vez identificados os sintomas, é importante conversar e estabelecer confiança para que a criança fale sobre o que está a viver ou a pensar. Tornar a situação comum ou desvalorizá-la pode não ajudar e pode até levar ao silêncio. É por isso, importante, ouvir até ao fim e pedir relatos concretos de episódios. Numa segunda fase, é relevante procurar confirmar esses mesmos factos e contactar a escola para poder recolher mais informação, e até, consoante a gravidade da situação, pedir ajuda psiquiátrica. Tudo isto sem esquecer de valorizar o quão importante foi, pais e filhos, terem conversado sobre o assunto.


Fonte: Delas

Ver também:




Programa de Aulas Anti-Bullying
Saiba mais em info@autodefesa.pt



15 de fevereiro de 2016

APAV - Violência no Namoro

Assinalando o Dia dos Namorados, 14 de Fevereiro, a APAV apresentou uma nova campanha de sensibilização: “Se te marcam, sabes com quem podes partilhar”.




A campanha foi desenvolvida pela CARMEN, agência criativa do YoungNetwork Group, que produziu a campanha de forma mecenática. Esta nova campanha de sensibilização tem um particular enfoque nas redes sociais.

A violência no namoro acontece quando, no contexto das relações de namoro, um dos parceiros (ou mesmo ambos) recorre à violência com o objectivo de se colocar numa posição de poder e controlo. A violência no namoro pode assumir diferentes formas: violência verbal, violência psicológica, violência física e/ou violência sexual.

A APAV, através da Linha de Apoio à Vítima (116 006, chamada gratuita) e da rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima, está disponível para apoiar.



13 de fevereiro de 2016

“Sexting” aumenta risco de bullying digital: 10 conselhos para evitá-lo


"Sexting" é o termo encontrado para explicar a troca de dados íntimos entre jovens (desde SMS, a fotografias, vídeos, em todas as redes sociais), comportamento que já é um dos mais perigosos fenómenos da moderna sociedade e com consequências terríveis para os menos preparados para o imenso mundo que agora descobrem.



As redes WhatsApp, Viber, Snapchat e Skype – para citar as mais conhecidas – permitem e fomentam a troca de mensagens e imagens de forma imediata, aquelas que são feitas no calor do momento, e os dados privados – números de telefone, emails, até morada residencial e dos estabelecimentos de ensino – são publicados sem se pensar duas vezes. Com algum azar (mas não muito), podem ir parar à mão de estranhos e/ou criminosos.

Muitas das vítimas não têm consciência de que essa informação íntima pode ser desviada sem o seu consentimento, arriscando-se a que seja exposta e até mesmo publicada em páginas web pornográficas. Além disso, no pior cenário, esses conteúdos podem ser utilizados por ciber-criminosos para chantagear as vítimas.

Segundo um estudo recente da Kaspersky Lab, o assédio online é a maior preocupação para 36% dos pais. Além disso, metade deles acredita que as ameaças online aos mais jovens estão a aumentar e 31% pensa que não tem qualquer controlo sobre o que os seus filhos fazem na Internet.

De acordo com Alfonso Ramírez, director geral da Kaspersky Lab Iberia, "embora os pais tenham conhecimentos sobre a Internet e possam orientar os seus filhos, o comportamento dos adultos neste mundo é sempre diferente do dos mais novos e muitas vezes imprevisível. O problema não é a diferença de aptidões tecnológicas entre as gerações, mas a falta de conhecimento dos pais sobre a forma como os seus filos usam a tecnologia, sejam redes sociais ou serviços de mensagens instantâneas".

A Kaspersky Lab oferece aos adolescentes alguns conselhos para evitar as graves consequências do “sexting”:

1.Não partilhes fotografias íntimas. Muito menos com estranhos, mesmo que insistam para que o faças.

2.Não envies conteúdos privados para atrair a atenção da pessoa de quem gostas. Se não for recíproco, essa pessoa pode acabar por divulgar as tuas mensagens só por divertimento.

3.Não uses o sexting como forma de pregar partidas ou de fazer piada. Este é um assunto sério, que te pode trazer muitos problemas.

5.Não publiques fotos íntimas nas redes sociais. Há sempre alguém disposto a usá-las contra ti.

6.Instala uma solução de segurança capaz de proteger contra estes perigos, como o SafeKids da Kaspersky Lab.

O que fazer se estes conteúdos forem tornados públicos?


A Kaspersky Lab compilou uma série de recomendações a seguir tanto por vítimas como pelos seus progenitores:

1.Não comente as imagens ou vídeos publicados nas redes sociais. Evitará, assim, atrair ainda mais atenção.

2.É possível minimizar as consequências negativas publicando conteúdos positivos nas redes sociais. A melhor forma de fazer frente a esta situação é ignorar todos os comentários que tenham a ver com o incidente.

3.Independentemente da plataforma onde se publicaram estes conteúdos íntimos, recomendamos que alerte o administrador do espaço para o informar que essas imagens ou vídeos foram publicados sem o seu consentimento. Neste caso, a plataforma é obrigada a eliminá-los.

4.Se estas recomendações não forem suficientes, o melhor é contactar um advogado e informar-se acerca da legislação em matéria de protecção de dados pessoais e distribuição de pornografia infantil.

5.Denunciar o delito aos organismos pertinentes, nomeadamente à Polícia Judiciária e Polícia de Segurança Pública (PSP).


7 de fevereiro de 2016

COMO LIDAR COM PARCEIROS AGRESSIVOS




Um relacionamento estável não deve basear-se no chamado amor incondicional, mas sim em respeito, confiança, reciprocidade, concessão e cumplicidade, sem estes sentimentos não é amor. Quando se age desta forma está faltando o único amor que realmente necessita ser incondicional: O amor-próprio. Se você não tem amor por si, o que oferece aos outros não é amor é a sua baixa autoestima.

Em geral, o ser humano não nasceu para viver só. Temos emoções, desejos e anseios de sermos felizes. No modelo criado pela sociedade, pela religião e embebidos de valores familiares, aprendemos que feliz é quem tem um companheiro.

Algumas pessoas acabam por se envolver em relacionamentos prejudiciais porque a necessidade que o ser humano possui de mostrar-se perante a sociedade dentro deste modelo o leva a desejar provar que é amado, em alguns casos este desejo supera o amor-próprio. Estas pessoas temem sentir-se excluídas socialmente por não terem um companheiro, isso gera uma certa carência levando a atitudes precipitadas quando decide envolver-se com uma pessoa.

A agressividade é desencadeada pela testosterona. Homens e mulheres produzem esta hormona, sendo que, as mulheres em índices indiscutivelmente inferiores. O que não significa que uma mulher não possa ser agressiva. Existem exceções e o comportamento humano é variável, porém de uma forma geral, devido a uma pressão social, religiosa e familiar, a mulher encontra-se numa posição mais vulnerável no que se refere a relacionamentos. Isto não quer dizer que o sexo feminino seja frágil, quer dizer antes que são mais emotivas, tolerantes e condescendentes.

Nos dias de hoje os relacionamentos são consequência das escolhas de cada um. Diferente de décadas atrás em que os pais escolhiam os maridos para as filhas e diferente de alguns países que ainda mantém este comportamento.

É de notar que quando se tem um parceiro agressivo, essa relação é particularmente caracterizada pelo sentimento de posse de um sobre o outro.

A agressividade não se resume apenas a uma questão física, ela pode ser também verbal ou comportamental. Quando conhecemos alguém é perceptível a existência da agressividade se ficarmos atentos aos menores detalhes e não nos deixarmos cegar pelo lado emocional. Os adultos normalmente têm dificuldade para reconhecer a própria agressividade. Na maioria das vezes recusa-se a admitir que ultrapassaram os limites, e quando questionados podem tornar-se ainda mais agressivos se confrontados num momento de fúria.


MEDIDAS DE PRECAUÇÃO


1. É importante que ao menor sinal de agressividade do parceiro, a outra parte mantenha a calma. Sabendo-se que manter a calma não pode ser sinónimo de medo, medo é algo que não é positivo neste momento nem mesmo por instinto de sobrevivência. Algumas pessoas agressivas quando percebem que causam medo aproveitam-se da situação tornando-se mais agressivas, intimidadoras, manipuladoras, e aumentam desta forma o controle da situação. Retribuir a agressividade com agressividade pode desencadear uma situação pior ainda. Os sentimentos quando são despertados tornam-se um círculo vicioso alimentando-se entre si. Bons sentimentos geram bons sentimentos, sentimentos negativos geram sentimentos negativos.

2. Assim que o ímpeto de agressividade se acalmar deve iniciar-se um diálogo de forma que você demonstre que possui respeito pelo parceiro, manifestar a sua indignação por não ter sido respeitado e afirmar que não tolerará tal atitude. Em nenhum momento demonstre medo, mas sim respeito que são duas coisas totalmente diferentes. Respeito é algo que se conquista quando se tem admiração e esta é estimulada, medo é algo que se impõe ao parceiro para que ele seja subjugado. Não existem atenuantes que justifiquem agressividade num relacionamento. Quem tem razão demonstra com argumentos e não com gritos, ataques físicos ou morais. Nenhum problema ou frustração que o parceiro esteja a passar é motivo para agressividade, seja o problema a relação ou por razões externas provenientes da atribulada vida do dia-a-dia.

3. Há casos, em que a agressividade do parceiro é um traço de personalidade adquirida, de situações ou hábitos de convívio na infância e adolescência devido ao ambiente em que foi criado, sendo vítima de violência doméstica ou simplesmente um espectador. O fato precisa ser compreendido e não aceite como justificativa para tal agressividade, pois a pessoa atual não é responsável pelo passado do outro.

4. Entenda que, caso uma atitude racional e de recusa não sejam manifestadas logo no primeiro conflito, isso pode tornar-se um hábito e um caminho sem volta com sérios riscos de se agravar. Passando rapidamente da agressividade verbal e comportamental para física sem que se dê conta e nem consiga compreender quando e como principiou.

5. Quando não existe diálogo para que este problema seja solucionado, é necessário recorrer a ajuda profissional para que se restabeleça um relacionamento saudável e não se desencadeie um relacionamento destrutivo que prejudica a todos os envolvidos, principalmente havendo filhos envolvidos.

6. Caso a agressividade seja expressada de forma física, a atitude precisa ser ainda mais contundente. Em geral toda agressividade física acontece com algum sinal antecedente de forma verbal ou comportamental. Por isso é importante manter uma certa distância do parceiro e afirmar que não aceitará de forma alguma tal atitude, não funcionando tal advertência afaste-se. Se possível peça auxílio ou feche-se em algum lugar seguro, caso tenha acesso a um telefone chame a polícia. Não se mantenha isolado esperando com isso acalmar os ânimos e arriscando sair com o seu parceiro ainda no local, mesmo que ele diga que está tudo bem e implore por desculpas ou perdão. Não se esqueça que uma pessoa agressiva é também manipuladora. Nesse momento pense em primeiro lugar na sua integridade física.

7. Não hesite em apresentar queixa às autoridades competentes, seja por pena, vergonha ou receio de ficar sozinha. Se o parceiro não for alvo de medidas legais, ele estará mais disponível para a controlar e utilizará esses meios para atingi-la de novo. Seja por causa dos filhos, pudor ou medo de tomar alguma atitude, não tenha vergonha de pedir auxílio e denunciar. Lembre-se que muitos casos de agressividade terminam tragicamente, basta ler os jornais diários…



Notas:

Fatores que desencadeiam a agressividade do parceiro: Problemas mentais e instabilidade emocional, falta de diálogo, álcool e drogas, dificuldades sexuais, baixa autoestima e insegurança.

Motivos que levam a consentir a agressividade do parceiro: Masoquismo mesmo que inconsciente, sentimento de culpa pelo fracasso da relação, dependência económica e vergonha de assumir o problema e pedir ajuda.