30 de dezembro de 2015

UNIVERSIDADES DE LISBOA EM ZONAS PERIGOSAS



O medo ronda as universidades. Estudo sobre criminalidade nas imediações dos estabelecimentos de ensino superior de Lisboa é preocupante.

Todos os dias, à porta dos estabelecimentos de ensino e nas suas imediações, alunos são ameaçados, assaltados, agredidos, aliciados com drogas, vítimas de tudo e mais alguma coisa que marginais lhes infligem. Há, inclusive, casos de violação.

Esta onda de criminalidade é cada vez mais visível, não parando de crescer o número de indivíduos e de gangs que se dedicam a estas práticas. Face à situação, a Associação Académica de Lisboa, em colaboração com todas as associações de estudantes, fez um levantamento sobre a insegurança nas universidades e escolas politécnicas da capital e o resultado é francamente preocupante. A seguir são destacadas as zonas identificadas como sendo de maior risco.


Campolide: Faculdades de Economia e de Direito da Universidade Nova de Lisboa (UNL), Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação. − Nesta área ocorrem assaltos frequentes, tanto de dia como de noite, e foram registados casos de violações de estudantes. Campolide é uma zona rodeada de bairros problemáticos – Serafina e Liberdade –, não tem iluminação suficiente e apresenta acessos difíceis. O policiamento é fraco, apesar de a esquadra se situar a poucas dezenas de metros.

Benfica: Escola Superior de Educação e de Comunicação Social. – Nesta área os alunos destas escolas também são vítimas de constantes roubos, a iluminação é fraca e o policiamento é quase inexistente.

Cidade Universitária: Faculdade de Direito, Farmácia, Ciências, Psicologia, Letras, Medicina e Medicina Dentária da UL, Universidade Católica, Escola de Enfermagem Calouste Gulbenkian. Os estudantes dão conta de assaltos frequentes a pessoas e nas instalações da faculdade de Farmácia. O policiamento é reduzido e quando há agentes na zona é para controlar o trânsito e passar multas. Esta área é considerada de risco, devido à forte densidade de árvores no Campo Grande, o que facilita a prática de assaltos. Nos problemas incluem-se ainda fraca iluminação e a presença de prostituição masculina particularmente junto às faculdades de Ciências, de Farmácia e de Medicina Dentária.

Olivais/Chelas: Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Nesta zona é frequentes os assaltos a pessoas e viaturas o policiamento é nulo e a iluminação é escassa.

Alto da Ajuda: Instituto Superior de Agronomia, as faculdades de Medicina Veterinária, de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (UTL) e o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. A comunidade estudantil vive com medo, devido ao isolamento e aos riscos que apresenta a zona, nomeadamente a presença de bairros problemáticos, como o Casalinho da Ajuda e o Bairro 1º de Maio, e a proximidade de Monsanto, área de grande marginalidade e prostituição (o que faz com que as estudantes sejam, por vezes confundidas com prostitutas e tenham receio, por exemplo, de estar sozinhas nas paragens de autocarro). A iluminação é fraca, numa área de 110 hectares e o policiamento é insuficiente. A escassez de autocarros da Carris em horário nocturno é notória.

Campo de Ourique: Universidade Autónoma de Lisboa. A localização da Universidade numa rua sem saída facilita a prática de assaltos e o policiamento é nulo.

Cais do Sodré: Universidade Autónoma de Lisboa. – Policiamento nulo; fraca iluminação.

Marquês de Pombal: Universidade Autónoma de Lisboa, Instituto de Novas Profissões. Fraco policiamento nocturno; prostituição na zona; proliferação de pessoas sem-abrigo, fraca iluminação.

Campo de Santana: Faculdade de Ciências Médicas da UNL, Instituto Superior de Serviço Social. Esta é uma zona em que se podia esperar mais segurança pela proximidade de um hospital e de uma embaixada. Mas tal não acontece. A frequente prostituição nas ruas envolta da Faculdade, e próximas do Hospital de Santo António dos Capuchos têm trazido insegurança não só a alunos como os demais que ali vivem.

_______________________________


Leia os nossos artigos sobre prevenção do crime e reduza o risco de se transformar numa vítima. Se inserir no seu dia-a-dia alguns simples cuidados preventivos estará a aumentar a sua segurança pessoal. Lembre-se que muitos assaltos, roubos e outras acções criminosas, acontecem devido a uma deficiente vigilância por parte da vítima. Muitos delinquentes apenas esperam que a oportunidade lhes vá parar às mãos. Seja cuidadoso/a quando entra e sai do seu carro, especialmente quando não está no seu “meio ambiente”. Procure andar por locais bem iluminados e redobre a atenção quando sai das aulas já de noite. Sempre que possível ande acompanhado/a de outros colegas. Esteja atento/a a comportamentos estranhos que possam ter lugar perto de si. Mantenha o seu espaço pessoal sobre controlo.



A PREVENÇÃO É A SUA MELHOR ARMA PARA OPTIMISAR  A CAPACIDADE DE SE ANTECIPAR ÀS SITUAÇÕES COMPLICADAS.


AULAS REGULARES – ÉPOCA 2015/16


NDPL - NÚCLEO DE DEFESA PESSOAL DE LISBOA



HORÁRIO AULAS REGULARES 

Terças e Quintas das 19h. às 20h30
Sábados das 16h30 às 18h


PROGRAMAS

ABC de Autodefesa
Dynamic Self Defence
Dynamic Anti-Bullying


INFORMAR / ESCLARECER

965 325 822

  info@autodefesa.pt


28 de novembro de 2015

TRÁFICO DE SERES HUMANOS. ÀS VEZES O PERIGO ESTÁ NA FAMÍLIA E NOS AMIGOS.

Muitas das histórias que ouvimos falar sobre o tráfico de seres humanos estão relacionadas com os familiares e amigos. A Associação Portuguesa de Apoio às Vítimas gere um acolhimento para a proteção das vítimas destas histórias.



M. foi explorada e agredida por uma tia, F. chegou a Portugal para viver com o marido e acabou escravizada, duas mulheres que mostram que no tráfico de seres humanos o perigo pode estar próximo, através de familiares ou cônjuges.

Tanto M. como F. partilham uma história, mas também uma casa, já que as duas fazem parte do grupo de quatro mulheres que atualmente reside num centro de acolhimento para proteção de vítimas de tráfico de seres humanos, gerido pela Associação Portuguesa de Apoio às Vítimas (APAV).

A moradia tem o mesmo aspeto de qualquer outra e poderia estar numa qualquer rua de uma qualquer cidade do país. Poderia ser a habitação de uma típica família portuguesa, mas serve de abrigo a quatro mulheres e três crianças que procuram uma oportunidade para começar uma nova vida.

M. é originária de um país africano de língua oficial portuguesa e veio para Portugal, nos anos 1990, com familiares. Ainda adolescente é retirada à tia por causa de maus tratos e abusos físicos e é institucionalizada.

Anos mais tarde, a tia, que entretanto tinha ido viver para outro país, convence-a a ir ter com ela, com a promessa de um trabalho e de uma vida melhor. "Arranjou-me um trabalho onde ela trabalhava. Eu ganhava 312 libras e ela dava-me 20 libras para eu gastar", contou à Lusa.

Contou que era constantemente maltratada: a tia batia-lhe, chamava-lhe nomes, escondia-lhe a comida e dizia-lhe que ela não servia para nada. Também lhe ficou com o cartão multibanco e todo o dinheiro que tinha poupado.

Depois de cerca de meio ano nestas condições, M. ganhou coragem e pediu ajuda à polícia, tendo estado a viver quase um ano num hospital antes de regressar a Portugal e ser acolhida neste centro da APAV.

A diretora técnica explicou que M. foi vítima de exploração laboral e também de servidão doméstica às mãos de uma tia. Em Portugal não tem qualquer tipo de suporte familiar porque a família que lhe resta não pode ou não quer ajudar.

Cada caso é um caso, sublinhou Rita Bessa e o caso de M. é o de uma pessoa com mais dificuldades de autonomização, poucas competências sociais, baixa escolaridade e problemas do foro psicológico, o que justifica que esteja no centro há cerca de seis meses. "Não existe um prazo limite de tempo [de permanência]. Depende da situação, da problemática, das necessidades de cada uma porque objetivo é o recomeço de um novo projeto de vida", explicou.

As situações podem ser de acolhimento prolongado ou de emergência, podem vir através de um órgão de polícia criminal, pela Linha de Emergência Social (144), pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ou por organizações não-governamentais (ONG).

F., por exemplo, veio de outro centro de acolhimento, onde esteve dois anos. É estrangeira e a sua história começa quando vem ter com o marido a Portugal: "Um mês depois tirou-me os documentos, o telemóvel, não me deixava sair à rua nem falar com ninguém". "Ele ficava muito mau para mim, batia, chamava nomes, fazia coisas que eu não consigo perceber", relatou, lembrando que o marido não a deixava sair de casa e que só a deixava estar no quarto.

Começou a trabalhar contra a sua vontade, a fazer limpezas em casa de uns amigos do marido. Saía de casa às 7h, sem comer, e tinha que fazer o caminho todo a pé, com o filho de sete meses ao colo, para chegar às 8h. Nunca recebeu qualquer pagamento.

Segundo a diretora técnica, a história de F., além da servidão doméstica e da exploração laboral, também tem abusos sexuais, mas disso a vítima não falou. Contou, no entanto, que foi só após quatro anos a viver com o marido que conseguiu pedir ajuda a um casal que conheceu na rua e só um ano depois é que ganhou coragem para pedir ajuda à polícia.

O medo prendia-se com o facto de não ter documentos, ter dois filhos, não falar português e não conhecer ninguém. Mas não só. "Tinha medo que pudesse ser pior. Que depois de apresentar queixa, ele me matasse. Ameaçava que se eu apresentasse queixa, tirava-me as crianças", contou.

Um trabalho de investigação do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais (IEEI), sobre o tráfico de seres humanos, revelou que em 60% dos casos as vítimas conheciam o traficante. Em declarações à agência Lusa, o coordenador científico do estudo explicou que o perfil do traficante é heterogéneo, não se insere apenas dentro do crime organizado e que há um tipo no qual se inserem pessoas que mobilizam e recrutam membros da família ou amigos.

De acordo com o investigador Miguel Santos Neves, são ações muito mais imprevisíveis, em que é explorada a relação de confiança que mantêm com as vítimas. "As relações de confiança são a base de recrutamento e as pessoas não têm noção de que o perigo está ali ao lado, estão muito menos atentas e muito mais vulneráveis", apontou, acrescentando que as pessoas estão menos preparadas ou alertas para desconfiar de uma proposta de um familiar ou amigo.

M. garante que não sente ódio da tia e revela que aquilo de que mais sente falta é de ter uma família. Em tempos quis ser estilista, hoje gostava de ir viver com uma outra tia e trabalhar com ela, que é cozinheira, mas "só deus sabe" o que o futuro lhe reserva.

F. está quase a sair do centro e a concretizar o seu maior sonho: ter uma casa. Trabalha e os dois filhos estão na escola e sente-se mais segura, mas não esqueceu nem sarou a ferida: "É muito difícil".

No passado 25 de novembro assinalou-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.




Fonte: Expresso / APAV

25 de novembro de 2015

Revista CINTURÃO NEGRO (Outubro, 2015)


Revista internacional de Artes Marciais, Desportos de Combate e Defesa Pessoal


CINTURÃO NEGRO / Outubro 2015

 Clique na imagem para  ler online ou fazer download 





Revista Gratuita Online CINTURÃO NEGRO (Quinzenal)


21 de novembro de 2015

CONTRA O ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS

Cerca de uma em cada cinco crianças é vítima de violência ou abuso sexual. 

Ajude a impedir que a sua criança seja uma vítima. 

Ensine-lhe a regra "Aqui ninguém toca".

Para melhor esclarecimento assista ao vídeo do Conselho da Europa sobre exploração e abuso sexual de crianças.








APAV para Jovens






15 de novembro de 2015

CIRCLE WITH DISNEY: A App Que o Ajuda a Controlar a Tecnologia dos Seus Filhos


Este é um dispositivo que permite monitorizar as atividades dos filhos nos smartphones ou tablets quando conectados à rede Wi-Fi doméstica. Com o nome de Circle with Disney, o aparelho foi desenvolvido para ajudar os pais a terem mais controlo sobre o que os filhos vêem na internet. Trata-se de um pequeno cubo que, quando conectado à rede, permite aos pais escolherem quais os conteúdos que cada membro da família pode aceder, a partir de que horas e por quanto tempo.



A internet é uma ferramenta cada vez mais comum, mas muitos acreditam que ainda tem vários riscos. A pensar nos pais, Jelani Memory em colaboração com a Disney lançou o Circle With Disney, um equipamento que se liga a todos os equipamentos em casa e permite-lhe controlar a utilização de cada um.

O Circle pretende ser uma forma de equilibrar o tempo passado em família, e aquele em que estamos ligados. Para isso, conecta-se via ligação Wi-Fi a smartphones, tablets, computadores ou televisores para que, sobretudo os pais, possam balancear quanto tempo os seus filhos usam a internet.

Através de perfis criados (um para cada filho, pois cada um pode ter regras diferentes no que toca ao uso da internet), os pais podem definir o número de horas em que podem aceder à internet ou a uma app, uma hora para desligar (por exemplo, antes de ir para a cama) e até verificar qual a aplicação em que passam mais tempo.



Um controlo talvez necessário: um estudo revelado recentemente pela Kaspersky Lab e B2B Internacional demonstrou que, apesar de grande maioria dos pais se preocupar com a segurança dos filhos online, 76% não usa nenhum software de controlo parental.



Os adultos também podem definir tempos limites de ligação para os seus próprios equipamentos, ou desligar a ligação à internet com o toque de um botão em qualquer terminal. E os mais pequenos? Aprendem a regular o uso de internet consoante os limites impostos pelos pais.

Todos os controlos são feitos através de uma aplicação disponível, por agora, apenas para iOS. Em 2016, os criadores do Circle e a Disney pretendem lançar um novo serviço, que funciona também com ligações por dados móveis.


É importante realçar que o aparelho só monitoriza as atividades das pessoas que conectarem smartphones, tablets e outros dispositivos à rede Wi-Fi doméstica. Caso a criança tenha um telefone móvel, ela poderá navegar na internet por meio da rede de banda larga móvel 3G/4G (dados móveis), precisando apenas de um plano de dados ativo. Assim, os sites que visitar não passarão pelo controlo dos pais. Há no entanto outros aplicativos complementares que podem ser utilizados para um controlo parental mais eficiente.






8 de novembro de 2015

Campanha de Prevenção dos Atropelamentos

O número de atropelamento de crianças junto de escolas é assustador. Depende de todos nós alterar tal realidade!


Todas as semanas mais de 20 crianças e jovens morrem ou ficam feridos na sequência de um atropelamento, o que representa 32% da totalidade dos acidentes em ambiente rodoviário, nestas faixas etárias. A maioria destes atropelamentos acontece com crianças entre os 10 e os 14 anos (Dados ANSR, Análise APSI, 2015), em zonas residenciais e durante os percursos casa-escola. 

A campanha pretende sensibilizar todas as pessoas que conduzem para a especial vulnerabilidade das crianças enquanto peões e para a necessidade de alterarem os comportamentos que aumentam o risco de atropelamento nestas idades – como a velocidade excessiva, o estacionamento em cima de passadeiras ou passeios e a paragem em 2ª fila. 


Fonte:ANSR

11 de outubro de 2015

26 de setembro de 2015

E QUANDO OS FILHOS SÃO OS AGRESSORES?

A violência nas famílias é maioritariamente focada nos agressores adultos e nas crianças como vítimas. E quando são os filhos os agressores? E quando são as crianças que ultrapassam todos os limites? 






Infelizmente tem-se observado um crescente aumento da violência por parte dos filhos aos seus pais, familiares, amigos, professores... As estruturas das relações nas famílias tem sofrido uma inversão de poderes e papeis, acompanhadas de várias mudanças do mundo atual relativamente às pautas e valores pelos quais os seres humanos se regem, e que transforma a forma como cada um de nós se vê a si próprio e aos outros.

A maior parte dos protagonistas deste tipo de agressões são crianças ou adolescentes do género masculino, entre os 7 e 18 anos, mas especialmente entre os 15 e os 17. Segundo os estudos, no geral, este tipo de comportamento verifica-se com mais frequência em famílias de classe media e alta, do que nas de classe mais baixa. (Cottrel, 2001)

Trata-se de uma violência que se evidencia tanto de forma física como psicológica, desde ameaças e insultos a agressões físicas de intensidade distinta. Falamos de uma violência ascendente, que tenta desafiar regras através de uma forte oposição e rejeição dos limites estabelecidos pelos pais, muitas vezes com fugas de casa, abandono dos estudos, com o intuito de magoá-los, controla-los e sobrepô-los.


Para os pais, que vão vendo este comportamento a desenvolver-se e a crescer, inicialmente vão aguentando e suportando esta situação, tentando desculpar os filhos devido à sua idade, à sua personalidade, ou até mesmo por sentirem vergonha, autopercepcionando-se fracassados como pais. Com o tempo e manutenção desta interação familiar, as agressões vão-se intensificando, chegando a um ponto insuportável, e os pais “não aguentam mais”. A sensação de impotência e vergonha torna-se crescente e também eles chegam ao ponto de passar à agressão ao filho, por não conseguirem verem outras saídas possíveis. Neste sentido, o conflito familiar torna-se caótico, e as relações giram em torno da violência, num ciclo que se retro-alimenta sucessivamente.

Por um lado encontramos crianças ou adolescentes que não aprenderam a expressar ou a regular as suas emoções e necessidades e que as “explodem” através de comportamentos agressivos, tentanto afirmar as suas vontades, presença e poder. Por outro lado, podemos ter pais que têm grande dificuldade e até medo de impor desde cedo regras, limites e disciplina e que podem ter educado os filhos no sentido do preenchimento imediato de todos os seus desejos, sem exigências e responsabilidades e com pouca disponibilidade emocional e afetiva.

Muitas vezes os filhos acabam por crescer com a ideia de que são únicos e especiais, não tendo assim consciência de regras que regulam a convivência. Os outros passam a ser meros instrumentos para a satisfação dos seus desejos e quando estes são recusados, partem para a agressão. Negam a existência de pautas de comportamento externas à deles, não aceitam outros pontos de vista e não sentem o dever de cumprir.

Por outro lado, um estilo parental oposto também poderá também influenciar pautas de comportamento agressivas, ou seja, quando os pais são extrema e excessivamente rigorosos e penalizadores, com imposição de limites e regras indiscriminados, (acompanhado de ausência de afeto e carinho) podem surgir também comportamentos de revolta e violência contra aos pais.

Nalguns casos, pode observar-se também a influência da violência aprendida, segundo o princípio que “violência gera violência”. Quando desde pequenino se aprende que os conflitos se resolvem com violência, e que esta permite prevalecer, caso se vá observando que o pai bate na mãe, ou que os pais batem em colegas ou vizinhos, então esta mesma estratégia é adotada inclusivamente contra os próprios pais, de forma a serem os filhos a controlar e a mandar em tudo. As crianças desde cedo interiorizam que a violência contra os pais é um instrumento eficaz de comunicação das suas emoções e pensamentos, bem como de controlo e superioridade. Este fenómeno de violência torna-se extremamente preocupante e requer intervenção especializada ao nível da terapia individual para filhos e pais e primordialmente ao nível da Terapia Familiar com todos.

Para prevenir este tipo de comportamentos, a coerência e o afeto serão os elementos fundamentais:

- É importante que os pais possam manter sempre os mesmos critérios desde tenra idade dos seus filhos (em que um “sim “ é um “sim” e um “não” é um “não”) havendo ainda continuidade e permanência desses critérios ao longo do tempo;

- É também importante a imaginação e a criatividade, estando com os filhos nos seus jogos e brincadeiras, partilhando desejos, que assim se convertem em desejos de “todos” e podem ser modificados (Rodríguez, 2004);

- Os pais têm ainda um papel fulcral no ensino da expressão e regulação emocional dos filhos. É com eles que as crianças aprendem a gerir e a comunicar as suas emoções e necessidades de forma sustentada;

- Também a escola tem uma posição fundamental, devendo utilizar procedimentos inclusivos desde cedo, que fomentam a resolução de conflitos entre as crianças de forma pacífica e comunicativa;
- É ainda importantíssimo que os pais possam transmitir um genuíno afeto aos filhos, de forma a que eles o sintam, de forma vital e quotidiana, quer através de um abraço, um beijo, ou um elogio pelas suas qualidades;

- Os pais poderão ser como um chapéu-de-chuva protetor da criança diante dos demais. Mas tal deve ser acompanhado com “educação para a responsabilidade”e autonomia (em que a criança se torna responsável pelos seus atos e decisões) e com “educação para a empatia”(Naouri, 2003), ensinando-os a comunicar e a colocar-se no lugar dos outros, permitindo-lhes ser indivíduos solidários e felizes com eles próprios, com as suas famílias e com a sociedade.


Vanessa Damásio


Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Familiar e Conjugal


Psinove - Inovamos a Psicologia www.psinove.com

9 de agosto de 2015

Revista CINTURÃO NEGRO (Junho, Julho, Agosto, 2015)

Revista internacional de Artes Marciais, Desportos de Combate e Defesa Pessoal


CINTURÃO NEGRO Agosto 2015




CINTURÃO NEGRO Julho 2015

           



CINTURÃO NEGRO Junho 2015

          




Revista Gratuita CINTURÃO NEGRO



AS PRECAUÇÕES A TER COM OS PASSAGEIROS EM PONTO PEQUENO

Vai enviar o seu filho a passar férias com familiares? Veja os conselhos fundamentais para pais que têm crianças menores que vão viajar sozinhas.



O seu filho vai viajar sozinho? Então há uma série de precauções a ter. Tome nota das dicas que se seguem para uma viagem segura e tranquila. Quando chega a hora de organizar uma viagem para outro país, as preocupações são muitas, principalmente quando o viajante é o seu filho. Por isso, com a ajuda da pediatra Helena Carreiro, preparámos um pequeno guia de viagem que o vai ajudar a desempenhar esta tarefa com sucesso, sem grandes sobressaltos:
- Documentos - A criança deverá possuir um passaporte, bilhete de identidade ou cartão de cidadão válido. A cédula de nascimento não pode ser usada para este efeito.
- Autorização - Para que um menor não acompanhado entre ou saia do país é necessária uma autorização de um dos progenitores ou de quem exerce o poder paternal. O documento deve ser escrito, datado, conter a assinatura legalmente certificada e conferir poderes de acompanhamento a terceiros, devidamente identificados.
- Saúde - Dependendo do destino, solicite o Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD) para que a criança possa ter acesso aos cuidados de saúde que possam vir a ser necessários.
- Viagem - Ao efetuar a reserva, escolha o menu mais adequado para a criança. As companhias preveem atividades para distrair estes passageiros no voo. De qualquer modo, incentive o seu filho a levar objetos para se entreter (livro, jogo, tablet ou leitor de música) e pastilhas elásticas ou rebuçados para atenuar o mal-estar nos ouvidos antes de aterrar.
- Aeroporto - No dia da partida, os pais devem acompanhar o menor no processo de check-in e formalidades e permanecer no aeroporto até à descolagem do voo. À chegada, o menor deverá ter alguém à sua espera que tenha sido autorizado pelos pais e que esteja devidamente identificado.
 Helena Carreiro (pediatra)

Leia também: PROTEJA O SEU FILHO DO CRIME


É UMA “PRESA” FÁCIL? SAIBA COMO SE PROTEGER DOS PREDADORES...

Já alguma vez se questionou por que é sempre o enganado, o não escolhido, o não promovido, o traído, o assaltado…?


A forma como o seu corpo “fala” dá uma espécie de permissão aos que se vêem como “predadores” para atacar, isto porque eles irão sempre escolher os que aparentam oferecer  menor resistência.

1. Não fazer contacto visual - Quando não olha nos olhos, as pessoas tem tendência a desconfiar de si, a vê-lo como submisso, fraca autoestima, tímida e menos competente. Olhe mais nos olhos.
2. Má postura - Postura curvada e ombros descaídos sinalizam falta de autoestima ou falta de confiança, tal como quando se senta na ponta da cadeira ou demasiado relaxado pode transmitir falta de compromisso. A postura é também uma forma de transmitir o nosso estado mental, se estamos chateados, temos uma postura caída mas se estamos alegres, todo o corpo desafia a gravidade. Tenha uma postura o mais direita possível e faça mais gestos que desafiem a gravidade, como SORRIR.
3. Aperto de mão fraco - O aperto de mão normalmente é o primeiro contacto físico entre duas pessoas. Um aperto de mão fraco pode indicar a falta de três características fundamentais às interacções humanas; Confiança, ligação e credibilidade. Por outro lado, um aperto de mão muito apertado pode indicar agressividade e necessidade de afirmação. Faça o aperto de mão firme e com a mão na vertical.
4. Gestos cruzados - Braços e pernas cruzadas dão uma imagem de medo, falta de confiança, desinteresse, aborrecimento e tédio. As posturas abertas, com braços abertos e pernas um pouco afastadas, ajudam a obter uma melhor avaliação por parte das outras pessoas, emitindo assim uma imagem de confiança, autoridade e competência.
5. Olhar para baixo - Olhar para baixo enquanto faz uma apresentação, fala ou anda, indica depressão, tristeza e desconforto, emite uma imagem de falta de confiança. Olhe em frente com o queixo na horizontal.
6. Inclinação do corpo - Se afasta o corpo da pessoa com quem está a conversar mostra desconforto, distracção e até desinteresse. Se se aproxima demasiado poderá parecer agressivo. A inclinação deve ser para a frente e ligeira, mostra interesse e respeito por aquilo que está a ser dito.
7. Roer as unhas, mexer no cabelo, tiques - Este tipo de movimentos, roer as unhas, mexer no cabelo, ter uma caneta na mão e estar constantemente a fazer o clique, pegar em clips, bater com os dedos ou com os pés, brincar com elásticos, mexer nos anéis ou botões, são indicadores de nervosismo e falta de controlo, além de irritar e distrair as pessoas com que estamos a interagir, diminui em muito as nossas possibilidades de sucesso, é importante evitar este tipo de movimentos.
8. Mãos nos bolsos - Colocar as mãos nos bolsos é percebido como uma procura de conforto, este gesto fá-lo parecer inseguro. Evite colocar as mãos nos bolsos, quando interage com os outros, é preferível cruzar os braços com os polegares visíveis.
9. Andar rápido - Andar rápido transmite uma imagem de desorganizado, desesperado e inseguro. Não ande nem devagar, nem depressa, ambas as maneiras são prejudiciais para a sua imagem. Ande descontraído e direito.


Quanto mais “presa” parecer, mais “predadores” irá ter!

GUIA DE SEGURANÇA PARA QUEM VAI DE FÉRIAS

A Prosegur disponibiliza, em colaboração com a PSP e a APAV, o "Guia de Segurança" com dicas práticas para ajudar a deixar a sua residência protegida enquanto vai de férias...




Na altura do ano em que a percentagem de roubos mais aumenta, a Prosegur insiste na necessidade de reforçar a segurança das casas através de acções simples, mas essenciais, na prevenção de assaltos a domicílios desocupados.
O Guia de Segurança, que vai na sua segunda edição, reúne todos os conselhos numa publicação que contou com a participação especial da PSP e da APAV.
Algumas regras simples incluem não comunicar a desconhecidos que a casa vai estar desabitada, deixar algumas persianas abertas para dar a ilusão de que a habitação não está desocupada, ou ainda optar por guardar os seus objectos de valor no cofre de um banco.
Pedir a colaboração de um familiar ou vizinho de confiança para recolher o correio, ou utilizar dispositivos electrónicos que programem automaticamente o acendimento das luzes são também opções úteis e acessíveis a ter em conta.
Para além destas atenções domésticas, a Prosegur dispõe de um conjunto de serviços e soluções que oferecem uma maior segurança e tranquilidade enquanto está fora.
Um sistema de alarme ligado a uma Central de Segurança 24h que se traduz num aviso imediato às forças de segurança, caso se verifique tentativa de assalto, um sistema de segurança por Videovigilância que permite a visualização de imagens do que acontece no local e instalação de alarmes técnicos que permitem detectar erros de funcionamento como por exemplo fugas de água ou gás, são algumas das soluções disponíveis.
O serviço de piquete é também uma alternativa, com a possibilidade de contratação durante o mês de férias. Este serviço consiste na resposta ao disparo de alarme, mediante a deslocação de um piquete de intervenção da Prosegur para verificação do local protegido. O piquete faz-se acompanhar das chaves do imóvel para que possa aceder ao local, inspeccioná-lo e facilitar o acesso às autoridades ou forças de segurança.